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BE defende isenção do pagamento de rendas de habitação social no Porto

O Bloco de Esquerda defendeu, esta sexta-feira, a isenção do pagamento de rendas, por três meses, das habitações sociais no Porto e o recurso aos privados para garantir habitação para as mil famílias em lista de espera por uma casa.

BE defende isenção do pagamento de rendas de habitação social no Porto
Notícias ao Minuto

13:14 - 03/04/20 por Lusa

Política Covid-19

Amara do Porto vota na segunda-feira uma proposta de "reavaliação do valor da renda" das famílias afetadas pela quebra de rendimentos e a possibilidade do "pagamento de forma faseada até 31 de dezembro" por parte das famílias que não consigam suportar este encargo até 30 junho, medidas que, "além de tardias, são insuficientes e não respondem às necessidades de quem se vê atingido por esta situação", refere o partido, em comunicado.

O Bloco de Esquerda (BE) considera que, passadas quase três semanas desde a entrada em vigor do Estado de Emergência, "a Câmara do Porto está a ficar para trás nas respostas urgentes e sensatas que protejam as pessoas" e defende que o momento exige medidas extraordinárias de apoio às famílias.

De acordo com a concelhia do Porto do BE, isentar do pagamento de rendas estas famílias entre abril e junho terá um custo estimado de dois milhões de euros, o que representa menos de 1% do orçamento anual da Câmara Municipal do Porto.

"Ninguém compreenderá que, face à grave crise de saúde pública, social e económica que o país atravessa, a CMP [Câmara Municipal do Porto] pudesse chegar ao final do ano com um excedente orçamental", salientou.

Esta proposta, aponta o Bloco, está em linha com a lei votada na última sexta-feira na Assembleia da Républica e que aprova o regime excecional para todas as autarquias, permitindo a não observância dos limites de endividamento previstos no regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais.

No plano da habitação, o BE considera ainda que é fundamental que o executivo camarário avance com um plano de emergência destinado às mais de mil famílias em lista de espera na Domus Social para a atribuição de uma habitação digna.

"Falamos de agregados que se encontram em situações de precariedade habitacional extrema em época de plena pandemia, durante a qual todos e todas devem permanecer em casa. O executivo deve mobilizar o edificado municipal e recorrer ao setor privado de habitação de forma a garantir a proteção destas famílias", defende a concelhia em comunicado.

Por fim, Rui Moreira e o seu executivo "devem dar garantias públicas que todos os despejos em habitações municipais serão expressamente proibidos durante a vigência das medidas de combate à pandemia, não permitindo que a cidade assista novamente a cenas de expulsão dos moradores das suas residências como as que se registaram nos últimos meses".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.

Portugal regista hoje 246 mortes associadas à covid-19, mais 37 o que na quinta-feira, e 9.886 infetados (mais 852), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

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