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Bloco: Reforço dos poderes da ACT é importante, mas não chega

A coordenadora bloquista, Catarina Martins, defendeu hoje que as restrições de circulação devido à pandemia têm de ser acompanhadas de "medidas mais fortes de apoio social e intervenção económica", considerando o reforço dos poderes da ACT importante, mas insuficiente.

Bloco: Reforço dos poderes da ACT é importante, mas não chega
Notícias ao Minuto

23:30 - 02/04/20 por Lusa

Política Catarina Martins

Num vídeo enviado às redações de comentário à mensagem desta noite do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a prorrogação do estado de emergência por mais 15 dias devido à pandemia da covid-19, Catarina Martins reitera que "esta Páscoa será muito diferente" daquilo que todos gostariam e desejavam e que, apesar de "doloroso", é fundamental que todos compreendam que o afastamento físico é precisamente para proteger os outros.

"Mas as medidas de restrição de circulação tem de ser acompanhadas também de medidas mais fortes de apoio social e de intervenção económica", insistiu.

Para a coordenadora bloquista, não se pode deixar que "a coberto da crise venha o abuso laboral".

"O Governo anunciou, e bem, o reforço dos poderes da Autoridade para as Condições do Trabalho, mas não chega. É preciso proibir os despedimentos, desde logo dos trabalhadores precários", defendeu.

As empresas devem ter apoio, continuou Catarina Martins, mas, "como contrapartida ao apoio, não podem despedir".

"Defender o emprego, defender o salário é a condição para defender o país. Este é um país solidário que tem dado provas de que é capaz de ser melhor", enalteceu.

A líder do BE reiterou a importância de "garantir a luz, a água e as telecomunicações", o "apoio a quem perdeu todos os rendimentos e ainda não tem uma resposta" e a quem está a "cuidar dos seus dependentes que neste momento estão sozinhos".

"Temos também que ser mais fortes nas exigências que fazemos à economia. Mais apoio, com certeza, desde logo às micro e pequenas empresas que têm feito um esforço tão grande, em condições tão difíceis", defendeu.

Mas "há grandes empresas e o sistema financeiro que tem que ser chamado a colaborar neste esforço", afirmou Catarina Martins, desde logo, ao não cobrar "a mais as empresas e às famílias" e a descer mesmo os preços, "tanto dos créditos como a conta de luz".

"E, claro, nenhuma grande empresa pode distribuir dividendos, ninguém pode fazer o lucro com a crise", disse.

O BE insistiu ainda na necessidade de requisitar "equipamentos e materiais necessários ao Serviço Nacional de Saúde".

"Penso nos médicos, enfermeiros, nos técnicos, em tantos que todos os dias lutam para ter os equipamentos de proteção individual de que necessitam. Esses meios existem e devem ser utilizados no Serviço Nacional de Saúde a quem não podemos deixar que falte o essencial", apelou.

O novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o coronavírus espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, já se registaram 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.

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