Covid-19: BE defende reforço de medidas sociais de apoio
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje um reforço das medidas sociais de apoio às famílias devido à pandemia de covid-19 e abriu a porta à renovação do estado de emergência.
© Global Imagens
Política Covid-19
"É preciso aprofundar os apoios sociais", dado que se as famílias estiverem "mais tempo sem os rendimentos", o "problema social [será] mais profundo", afirmou Catarina Martins aos jornalistas, no final da segunda sessão técnica de apresentação sobre a "Situação epidemiológica da covid-19 em Portugal", no Infarmed, em Lisboa.
A coordenadora bloquista salientou, depois de ouvir os técnicos, que as medidas de distanciamento físico dos portugueses para travar o contágio pelo novo coronavírus "parecem estar a resultar" e que uma das consequências "devem ser prolongadas".
Mas essa "boa notícia" tem consequências, a começar, argumentou, com o reforço das medidas sociais de apoio social, "para os lares, tanto para os cuidadores como para os utentes", mas também para o pessoal que está "na linha da frente", "todos os profissionais de saúde".
Para a líder bloquista, se o país não pode abrandar as medidas de contenção, a "reflexão" seguinte é que é "particularmente importante" tomar medidas sociais e e económicas para as famílias portuguesas e os setores que estão parados devido à pandemia.
E é esse o motivo para "aprofundar os apoios sociais" pelo Governo, concluiu.
Apesar de admitir ter tido dúvidas em alguns aspetos do estado de emergência, declarado pelo Presidente da República, quanto a restrições no direito à greve, Catarina Martins admitiu ser favorável ao prolongamento do estado de exceção.
As "restrições à circulação" e "chamar a iniciativa privada para colaborar neste esforço" de combate à pandemia previstas no estado de emergência mostram a "sua necessidade e utilidade", admitiu a líder do BE, que votou a favor da decisão no parlamento há menos de duas semanas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.
Em Portugal, houve até agora 160 mortes e 7.443 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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