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Livre defende "resposta europeia" e rejeita "revivalismos nacionalistas"

O partido Livre defendeu hoje que a resposta à pandemia de covid-19 terá de ser "forçosamente europeia" e rejeitou que a Europa possa voltar a "revivalismos nacionalistas", exigindo "ações concretas" e mais ambiciosas.

Livre defende "resposta  europeia" e rejeita "revivalismos nacionalistas"
Notícias ao Minuto

13:29 - 27/03/20 por Lusa

Política Covid-19

"Apenas ações concretas podem criar uma solidariedade efetiva. Este é o momento das ações concretas. O Livre vê com preocupação a relutância de alguns países em dar esse passo", considerou hoje o partido, em comunicado, reagindo às conclusões do Conselho Europeu que se reuniu na quinta-feira, por videoconferência, para discutir as respostas à pandemia de covid-19.

Em declarações à agência Lusa, Filipe Honório, membro da direção do Livre, considerou que "a solidariedade europeia não é só uma palavra que está escrita nos tratados, tem que ser transposta para ações concretas", tornando-se "irresponsável não lutar por medidas muito mais ambiciosas ao nível económico".

"Não podemos simplesmente dizer a cada estado para resolver a crise à sua maneira. Isto é uma crise global e a resposta terá que ser forçosamente europeia", considerou o dirigente.

Filipe Honório lamentou as posições de governos como a dos Países Baixos, Finlândia e Alemanha: "parece que não aprenderam nada com a crise que tivemos, com as circunstâncias que vivemos atualmente. Achar que cada país pode lidar individualmente com esta crise, se não é ingenuidade, não sabemos o que será".

O Conselho Europeu de quinta-feira decidiu lançar um programa de recuperação da economia europeia para o pós-crise de covid-19 e de mobilizar uma linha de financiamento de 240 mil milhões de euros, mas falhou um consenso para a criação de um instrumento comum de emissão de dívida, evidenciando-se divisões entre os líderes europeus.

Para o Livre, numa altura em que os EUA reforçam o investimento na economia, a Europa "está ainda a discutir se toma medidas mais ou menos pujantes para combater a crise", advertindo: Não podemos voltar a revivalismos nacionalistas".

O membro da direção do partido da papoila alertou ainda para eventuais consequências políticas da indecisão da União Europeia, que pode levar cidadãos a pensar que "se a UE não serve para nada" mais vale votar em partidos contra esta instituição.

Em comunicado, o Livre defende medidas concretas tais como um Rendimento Básico Incondicional de Emergência, a emissão de `eurobonds´, a compra de dívida pelo Banco Central Europeu - nomeadamente de "títulos de dívida num valor superior e com foco muito particular na compra de títulos de dívida soberana" - e insistem na criação de um Novo Pacto Verde para fazer face aos impactos económicos da crise.

Portugal regista hoje 76 mortes associadas à covid-19, mais 16 do que na quinta-feira, e o número de infetados subiu para 4.268, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

Os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, e o país encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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