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PAN sugere parlamento em teletrabalho, IL fala em 1500 "infetados reais"

O PAN defendeu hoje que a Assembleia da República deveria transitar para o teletrabalho "em todas as situações possíveis", enquanto o deputado único da Iniciativa Liberal disse existirem 1.500 "infetados reais" em Portugal, em vez dos 78 oficiais.

PAN sugere parlamento em teletrabalho, IL fala em 1500 "infetados reais"
Notícias ao Minuto

11:47 - 13/03/20 por Lusa

Política Covid-19

Estas afirmações foram feitas no debate de atualidade pedido pelo CDS-PP sobre a resposta do país ao novo coronavírus, no qual surgiram também propostas como a requisição de "meios e profissionais" ao setor de saúde privado, por parte do BE, ou o encerramento de fronteiras, defendido pelo Chega.

Pelo PAN, a deputada Bebiana Cunha questionou porque "não se incentiva de forma mais assertiva o teletrabalho", considerando que esta é a melhor forma de garantir o isolamento social e a segurança das pessoas.

"Ontem mesmo, nesta casa, o PAN já procurou sensibilizar o presidente da Assembleia da República para darmos um exemplo responsável ao país, transitando esta casa também para, em todas as situações possíveis, o teletrabalho e esperamos que outros partidos nos possam acompanhar nestas preocupações", afirmou.

Já o líder e deputado único da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, utilizou o seu minuto no debate para apontar números sobre a pandemia, que disse serem da sua exclusiva responsabilidade e que até gostaria que venham a revelar-se errados.

"Os números subestimam os infetados verdadeiros, Portugal terá hoje não menos de 1.500 infetados reais", afirmou, considerando que, mesmo com as medidas anunciadas pelo Governo, o sistema de saúde rutura entrará em rutura "em 24 dias", pedindo coragem ao Governo para medidas adicionais.

Pelo BE, o deputado Moisés Ferreira defendeu que a resposta ao surto será melhor se Portugal "for capaz de reforçar já a resposta do Serviço Nacional de Saúde" (SNS) para cuidar das pessoas infetadas, propondo que possa haver "requisição de profissionais de meios ao setor privado" e que todos os equipamentos de proteção individual que Portugal conseguir produzir não sejam exportados.

Também a deputada do PCP Paula Santos enalteceu que "o SNS é fundamental nesta batalha" contra a pandemia e deixou como sugestão que se aproveite a infraestrutura ainda existente do hospital Pulido Valente.

"Esta crise de saúde pública não pode ser pretexto para explorar trabalhadores, cortar direitos ou salários", avisou.

José Luís Ferreira, dos Verdes, reforçou a ideia defendida pelo PCP que de "não se pode contar com os privados" para problemas como o deste surto e defendeu que seja revista a lei dos compromissos para que os serviços de saúde possam adquirir material de que necessitam "sem terem de recorrer à central de compras".

Já o deputado único do Chega, André Ventura, considerou que as medidas anunciadas na quinta-feira à noite e esta madrugada pelo Governo foram "tardias" e "pensadas mais para salvaguardar o clima económico e político".

"Vamos ou não ter controlo nas fronteiras e aeroportos? Vamos ou não ter equipamentos suficientes para os profissionais?", questionou.

A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa questionou também o Governo sobre o que pretendia fazer em termos de controlo aeroportuário e pediu esclarecimentos sobre os transportes públicos.

"As pessoas não têm garantias que seja um método seguro, o que está a ser feito do ponto de vista dos transportes para garantir que não são um foco de infeção?", questionou.

A ministra da Saúde, Marta Temido, no final do debate deu apenas uma resposta genérica à maioria das questões, admitindo que, depois de já serem rastreados os viajantes provenientes de China e Itália, pode ser necessário "o mesmo sistema para outros passageiros de áreas afetadas".

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