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Montijo: PEV insiste em alternativa, Costa quer execução do decidido

O partido Ecologista "Os Verdes" insistiu hoje numa alternativa ao aeroporto do Montijo, argumentando que, em 60 anos de discussão sobre a construção de uma nova infraestrutura, nenhum estudo apontou para aquela localização.

Montijo: PEV insiste em alternativa, Costa quer execução do decidido
Notícias ao Minuto

17:38 - 04/03/20 por Lusa

Política Montijo

Confrontado pelo deputado de "Os Verdes" José Luís Ferreira no parlamento, durante o debate quinzenal, sobre "qual é a abertura do Governo para começar a pensar numa alternativa ao Montijo", o primeiro-ministro reiterou que o tempo agora é de executar o que já foi decidido.

"Uma vez que o Montijo parece estar cada vez mais distante, pensamos que é tempo de pensar numa verdadeira solução para os problemas aeroportuários (...) uma solução que responda aos dois problemas que se pretende dar resposta com a construção do novo aeroporto, por um lado, dar resposta às necessidades aeroportuárias a longo prazo e, por outro, retirar o aeroporto Humberto Delgado da cidade de Lisboa", sustentou o deputado ecologista.

Para José Luís Ferreira, "das duas uma, ou o Governo toma a decisão de se estudar melhor a localização" que dê resposta aos problemas, com "uma avaliação de impacto ambiental estratégica, que, no caso do Montijo, é obrigatório por lei", "ou se decide pela localização para que apontam os estudos existentes, o campo de tiro de Alcochete".

"Pela nossa parte, ainda que preferíssemos a primeira solução, entendemos que qualquer destas hipóteses seria melhor do que a opção Montijo, e melhor sob todos os pontos de vista", sublinhou.

Na resposta, António Costa, que hoje de manhã esteve reunido com autarcas dos municípios afetados pela construção do aeroporto no Montijo, sublinhou que, apesar da paixão nacional pela discussão sobre obras públicas, em particular, sobre o novo aeroporto, o tempo atual é de cumprimento de decisões anteriores, no caso tomadas pelo Governo PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho.

"Depois de 60 anos de discussão, de estudos, de opiniões contraditórias, há um momento em que chega de discussão, há que simplesmente executar aquilo que foi decidido, é assim. O que nós temos agora de fazer é de executar", disse.

Num curto espaço de tempo para réplica, José Luís Ferreira ainda sublinhou que nesses 60 anos nenhum estudo apontou a localização do novo aeroporto no Montijo.

Antes, o deputado de "Os Verdes" tinha questionado o primeiro-ministro sobre os direitos dos trabalhadores no contexto da epidemia do novo coronavírus, o tema levado por António Costa ao parlamento na sua intervenção inicial.

"O senho primeiro-ministro disse que estavam garantidos os direitos das pessoas em termos de remuneração, eu olho para o despacho [do Governo] (...) e o que nós vimos é que a quarentena é equiparada a internamento, ora se no internamento há perda de remuneração, naturalmente, neste caso também haverá perda de remuneração", disse.

José Luís Ferreira apontou ainda "outra diferença, neste despacho, entre quem está de quarentena e as pessoas que contraíram a doença, que ainda têm uma penalização acrescida relativamente aos que estão internados".

"Portanto, temos alguma dificuldade em perceber o que o senhor primeiro-ministro diz quando diz que estão garantidos os direitos de remuneração às pessoas neste caso", frisou.

O primeiro-ministro começou por responder que, "nas baixas, na situação de internamento, começa a contar logo no primeiro dia, quando é de doença, só no terceiro dia" e que "a referência ao internamento é para esclarecer que as pessoas começarão a receber logo a partir do primeiro dia e não a partir do terceiro dia".

"O que é mais importante disto tudo é ter-se adotado, a título excecional, para as pessoas que estão em situação de quarentena ou de recolhimento por decisão de uma autoridade sanitária aquilo que está previsto também a título excecional para as situações da tuberculose, onde o pagamento, também no setor privado, é a 100% se houver agregado familiar e 80% se não houver", sustentou.

António Costa sublinhou que, "até para não haver discussões do que é agregado familiar, a decisão que foi tomada é que se pagará a 100%, ponto final".

"O que importa é que as pessoas tenham todas as condições para puderem cumprir todas as instruções das autoridades de saúde, de forma a contermos, da forma mais eficaz possível, esta epidemia", concluiu.

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