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Bloco questiona Governo sobre fecho de empresa de confeções
O Bloco de Esquerda (BE) quer saber se foram realizadas ações inspetivas à empresa de confeções Marluno, que encerrou para férias, sem qualquer pré-aviso e com salários em atraso, e questionou o Governo sobre essa matéria, anunciou hoje o partido.
© Global Imagens
Política Bloco de Esquerda
Numa pergunta dirigida ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social, os deputados do BE José Soeiro e Isabel Pires referem que a Marluno, uma empresa de confeções de Castelo Branco, "terá encerrado para férias, sem qualquer pré-aviso e com salários em atraso aos trabalhadores".
"Segundo informação tornada pública, os trabalhadores foram para casa, no dia 14 de fevereiro, com a indicação de que iriam ficar de férias durante uma semana (...). No dia 17, deslocaram-se para a porta da empresa. Face à situação de incerteza, os trabalhadores da Marluno decidiram avançar com a suspensão dos contratos de trabalho numa altura em que se perspetiva um pedido de insolvência da empresa de confeções. No entanto, os trabalhadores consideram que estão reunidas condições para a empresa continuar a laborar", sustentam.
Neste âmbito, os bloquistas querem saber se o Governo tem conhecimento desta situação e se foram realizadas ações inspetivas por parte da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e quais foram os resultados dessas ações inspetivas.
"Dentro da sua esfera de competências, que medidas está a tutela disposta a tomar com vista a contribuir para a viabilização da empresa, o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho", questionam.
Os deputados do BE sublinham que há investidores interessados na empresa e condições para um plano de insolvência que viabilize a continuação da sua laboração, pelo que entendem que "importa garantir a manutenção dos postos de trabalho e a garantia de pagamento, pela massa insolvente, dos salários dos trabalhadores".
"O encerramento da empresa teria impactos sociais muito negativos para os trabalhadores, aos quais importa dar resposta com uma intervenção célere", concluem.
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