Assinalando que o armazenamento de água nas albufeiras era no final de fevereiro inferior à média dos meses de fevereiro dos últimos 30 anos, André Silva defende que a maneira de o país se adaptar a esta escassez passa por "utilizarmos a água de forma mais eficiente e, acima de tudo, mais responsável". 

Como? "Repensando a agricultura superintensiva baseada no regadio", sugere o deputado numa publicação no Facebook. 

"Mas aqueles que negam a ciência e que querem continuar a fazer tudo como sempre fizeram sem cuidar do bem comum, defendem que é preciso construir mais barragens", critica ainda o deputado. 

A opinião de André Silva está em linha com o que afirmou esta segunda-feira o ministro do Ambiente. Referindo-se ao Algarve, João Pedro Matos Fernandes disse que "não é com mais barragens que se resolve a falta de água", defendendo, igualmente,  uma gestão mais eficiente da água e a aposta na dessalinização.

"Não podemos ter a expectativa de que a meteorologia nos ajude. O Algarve, no longo prazo, não vai ter mais água do que aquela que tem hoje", por isso, argumentou o ministro, "não é com mais barragens que se vai resolver [o problema]". 

Já o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) tem defendido a necessidade de se investir em barragens.

Recentemente, Eduardo Oliveira e Sousa argumentou que a solução para responder ao problema  dos fracos caudais do Tejo passa pelo estudo do Projeto Tejo - Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste, associado à necessidade da construção da barragem do Alvito, no rio Ocreza, "com armazenamento significativo na bacia do Tejo", e por "uma gestão mais acertada da forma como as barragens são administradas". 

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