Vitalino Canas ainda não tomou nenhuma decisão sobre nova candidatura
O ex-porta-voz do PS Vitalino Canas ainda não tomou nenhuma decisão sobre uma eventual nova candidatura a juiz do Tribunal Constitucional, depois do chumbo do parlamento, considerando que este é o momento de analisar a questão.
© Global Imagens
Política Tribunal constitucional
Na sexta-feira, a Assembleia da República 'chumbou' Vitalino Canas e António Clemente Lima para juízes do Tribunal Constitucional (TC) e voltou a rejeitar reconduzir o ex-ministro Correia de Campos para presidir ao Conselho Económico e Social (CES).
"Ainda não tomei nenhuma decisão", respondeu Vitalino Canas à agência Lusa quando questionado sobre se pretende voltar a apresentar-se como candidato a este lugar.
O antigo secretário de Estado disse que ainda não tem nenhuma posição sobre o tema, considerando que "a maior parte das pessoas entendeu" que o seu currículo académico e de investigação "era adequado", havendo, no entanto, "alguns problemas de natureza política que teriam que ser ponderados".
"Mas para além disso também verifiquei que o que estava em causa era bastante mais que os nomes, era também a concertação de partidos ao nível da Assembleia da República. Portanto, só tomarei qualquer decisão, primeiro, depois de quem me propôs me perguntar e me disser o que é que tem a dizer sobre isso, e, depois, tendo em conta a avaliação objetiva e a minha própria avaliação subjetiva em relação às questões", explicou.
Na perspetiva de Vitalino Canas, aquilo que certamente todos estão a fazer nesta altura é "a respetiva análise das questões para depois haver, em tempo oportuno, uma decisão".
Logo na tarde do 'chumbo', a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, afirmou hoje que o parlamento bloqueou o funcionamento de três instituições democráticas e disse que tinha garantias de "outras bancadas" que os nomes propostos pelos socialistas seriam aprovados.
Nessa altura, a dirigente socialista não quis ainda dizer se o PS voltará a levar as mesmas personalidades a votos.
"É absolutamente espantoso que a Assembleia da República e os seus deputados se permitam bloquear o funcionamento de outras instituições", criticou.
Questionada sobre o facto de nem a totalidade da bancada do PS ter votado nos nomes indicados pelo partido para o TC, Ana Catarina Mendes disse estar a falar para "todos os deputados", sugerindo que houve bancadas que não cumpriram com a sua palavra.
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