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Parlamento manifesta pesar pela morte do historiador Pulido Valente

A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado por PSD e CDS-PP pela morte do historiador e cronista Vasco Pulido Valente, em 21 de fevereiro, aos 78 anos.

Parlamento manifesta pesar pela morte do historiador Pulido Valente
Notícias ao Minuto

12:55 - 28/02/20 por Lusa

Política Pulido Valente

"Historiador, ensaísta, professor, jornalista e analista político, Vasco Pulido Valente era, sobretudo, um homem livre. Livre das convenções do politicamente correto, livre da necessidade geral de agradar a quem o ouvia, livre das amarras de quem espera reconhecimento, desafiou com liberdade a classe política e agitou com humor as conceções dominantes", destaca o texto.

O voto salienta que Pulido Valente "ficará gravado na memória coletiva como um pensador notável e um embaixador ímpar da língua portuguesa".

"Brilhante, de pensamento lúcido e de uma argúcia desconcertante, Vasco Pulido Valente marcou profundamente o seu tempo, e a sua partida representa uma perda irreparável na vida política e cultural portuguesas", acrescenta o texto.

Vasco Pulido Valente integrou como secretário de Estado da Cultura o VI Governo Constitucional, dirigido por Francisco Sá Carneiro, tendo sido apoiante de Mário Soares na sua primeira candidatura presidencial, em 1986.

Foi ainda deputado à Assembleia da República, na VII Legislatura, eleito como independente nas listas do PSD.

De nome Vasco Valente Correia Guedes, o ensaísta nasceu em 21 de novembro de 1941, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em História pela Universidade de Oxford.

Ainda adolescente adotou o nome de Vasco Pulido Valente por não gostar do nome de nascimento, como chegou a revelar em entrevistas.

Trabalhou como investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais e lecionou no Instituto Superior de Economia (atual ISEG), no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, na Universidade Católica e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

Foi colunista dos jornais Público, Expresso, Diário de Notícias, A Tarde, O Independente e do O Observador. Trabalhou ainda como comentador da TSF, da Rádio Comercial e da TVI.

Entre os livros que publicou, contam-se "Os Militares e a Política: 1820-1856", "A República Velha: 1910-1917", "Marcelo Caetano: As Desventuras da Razão", "De Mal a Pior" e "O Fundo da Gaveta", estes dois últimos, os mais recentes, publicados pela D. Quixote.

Uma crónica sua, no Público, sobre o estado do PS, no verão de 2014, intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caracterização feita mais tarde pelo ex-líder do CDS-PP Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda, PCP e PEV, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional.

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