O requerimento dos centristas foi aprovado pelo PSD, CDS, BE e PCP e teve a abstenção do PS e da deputada não-inscrita Joacina Katar Moreira.
O PS justificou o seu voto com o facto de discordar da urgência de ouvir Eduardo Cabrita, dado que o ministro tem prevista uma audição regimental em 17 de março, acrescentando que o requerimento e as notícias que o motivaram têm mais de um mês.
Em 20 de janeiro, quando pediu a audição, o CDS-PP defendeu que o governante deve aproveitar a reunião para "retratar-se" do que disse sobre os polícias comprarem equipamento do seu bolso porque querem, e avisou que Cabrita começa a perder condições para continuar.
Em causa estão declarações do ministro numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, em 19 de janeiro, na qual Eduardo Cabrita é questionado sobre as notícias que dão conta de agentes policiais "que compram equipamento de proteção do seu próprio bolso".
"Compram porque o querem e não têm nenhuma necessidade de o fazer. É preciso dizê-lo com toda a transparência. Há matérias que são diferentes, que são fardamento, em que há um subsídio. Mas o que é considerado como necessário pelos comandos é aquilo que é atribuído", respondeu.