PSD "disponível" para cooperar "com outros" mas só até 2021

À saída da audiência à nova direção política do PSD, Rui Rio reiterou a "disponibilidade do principal partido de oposição" para reformular o sistema político e não só.

Rio transmite ao PR disponibilidade para "reformas vitais" e de "liderar alternativa à direita do PS"

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Silvia Abreu, Ana Lemos e Lusa
18/02/2020 20:16 ‧ 18/02/2020 por Silvia Abreu, Ana Lemos e Lusa

Política

PSD

O líder do PSD e a nova direção 'laranja' foram, esta terça-feira, recebidos pelo Presidente da República. À saída, em declarações aos jornalistas, Rui Rio afirmou que o que ressalta deste encontro "é fundamentalmente (...) a disponibilidade do principal partido de oposição para trabalhar com os outros partidos, a começar pelo maior, o Partido Socialista (PS), em formas que sejam vitais para a sociedade portuguesa".

Rio reiterou a ideia de "enorme desgaste do sistema político, dos partidos", e "um afastamento das pessoas e dos portugueses relativamente aos partidos e à politica", o que, vincou, exige que "todos estejam disponíveis para que as pessoas voltem a acreditar na política".

"Dissemos ao Presidente da República que durante este ano estamos disponíveis para isso. Passado o ano de 2020, chegamos a 2021, não há Europeias, nem Legislativas, há Autárquicas, portanto as coisas ficam mais condicionadas. Mas, no quadro atual, essa disponibilidade existe", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de um reforço do centro-direita nos próximos tempos, Rio reafirmou o que disse no Congresso. "Uma coisa é o PSD ser o líder de uma alternativa à direita do PS, outra coisa é o PSD ser ele próprio a direita, o PSD não é a direita. Cabe ao PSD, que é um partido de Centro, liderar uma alternativa à direita do PS", afirmou.

Nessa Direita, o líder do PSD incluiu o CDS-PP, o Chega e a Iniciativa Liberal, dizendo que o futuro deste espaço político já não depende do PSD. "Vai depender dos próprios: da capacidade no CDS de recuperar o terreno perdido e da capacidade do Chega de sustentar a subida que, aparentemente, tem vindo a ter junto dos portugueses. Isso não depende de nós, só temos que estar disponíveis para sermos uma alternativa ao PS e, não o conseguindo fazer sozinhos, sermos o elemento liderante dessa alternativa", afirmou.

"Credibilidade do sistema judicial é muito menor"

À saída de Belém, o líder do PSD disse ainda que a sua "disponibilidade" e a do partido é "por Portugal" e salientou que não é só o sistema político que precisa de ser reformulado. "O sistema judicial também. Penso que a credibilidade do sistema judicial perante os portugueses é muito menor do que já foi no passado, tal como do sistema político", reforçou, recuperando uma das prioridades a que se referiu no Congresso.

Segundo Rui Rio, existe uma "ineficácia" no sistema judicial e "cabe aos políticos fazer as reformas necessárias" para um sistema mais eficaz. "Em nome do país devemos ter essa disponibilidade. Isso não tem a ver com a governação do dia a dia, aí somos claramente oposição", insistiu.

A sustentabilidade da Segurança Social é também um dos assuntos mais urgentes, referiu o líder do PSD, acrescentando que "precisamos que seja sustentável daqui a 40 anos. Também aí penso que, não sendo uma situação completamente dramática, era de bom tom os partidos estarem disponíveis para pensar nisso."

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