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BE defende apoios específicos e redes de transportes para o Interior

A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Isabel Pires defendeu hoje que os programas do Governo para a reorganização dos transportes públicos devem contemplar apoios específicos e redes de transportes adaptadas aos condicionalismos do Interior do país.

BE defende apoios específicos e redes de transportes para o Interior
Notícias ao Minuto

13:48 - 17/02/20 por Lusa

Política Bloco de Esquerda

A deputada deu o exemplo das Terras de Trás-os-Montes, onde se reuniu hoje, em Bragança, com os responsáveis pela Comunidade Intermunicipal (CIM) para perceber quais foram as dificuldades encontradas, no ano de 2019, e de que forma podem ser melhoradas na aplicação do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART).

A deputada explicou que o grupo parlamentar e estrutura distrital do BE pediram esta reunião porque no final de abril sairá o relatório de análise e de avaliação da aplicação deste programa e, antes disso, o partido quer perceber junto dos protagonistas locais "quais foram as dificuldades num território que tem características muito próprias de que forma, para futuro, este tipo de programas pode ser melhorado".

Na reunião de hoje com a CIM Terras de Trás-os-Montes, o Bloco tomou nota de "alguns grandes problemas" como a "densidade populacional muito baixa, o que implica modelos de rede de transporte completamente diferentes de outros territórios e isso significa que não pode existir um modelo de programa uniforme para todo o país, ele tem de ser adaptado consoante as regiões".

"É preciso perceber que não é apenas o número de população que vai determinar quais é que são os custos que os municípios têm, mas acima de tudo a existência ou não de rede, que tipo de horário e frequências é que são necessários para as vivências nestes locais", sustentou.

A deputada entende que a questão do financiamento poderá ser relativa, na medida em que defende que, "se calhar, o problema é perceber qual é que é a realidade e aplicar a verba a essa realidade".

A posição da parlamentar do BE relativamente à diferenciação de modelos para o interior do país vai ao encontro do que defende o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Artur Nunes, que sublinhou a "necessidade de que o PARTT não tenha apenas como critério único a população".

"Que tenha também um critério de territórios de grande dispersão geográfica, como é o caso das Terras de Trás-os-Montes, e que seja garantido um maior apoio para que os transportes em territórios do interior e de baixa densidade populacional sejam tendencialmente gratuitos, que é aquilo que queremos e que todos pretendemos para servir melhor as populações", afirmou.

O autarca considerou que o trabalho que foi feito no ano anterior ao nível do PART foi "muito positivo" porque "veio ressaltar os problemas que existem ao nível da organização, do funcionamento, dos preços, das carreiras que deixaram de existir".

Garantiu também que o PART veio trazer mais clientes para o transporte regular e para o transporte público, nomeadamente com as duas reduções do preço dos bilhetes aplicada sente território durante o ano de 2019, uma das quais chegou aos 90% durante o mês de dezembro.

Os utilizadores dos transportes públicos beneficiam atualmente de um desconto de 25% e a CIM Terras de Trás-os-Montes reclama do Governo para 2020 um reforço do apoio financeiro de cerca de 174 mil euros a que tiveram direito no ano passado os nove municípios que abrange, nomeadamente Bragança, Vila Flor, Mirandela, Vimioso, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Miranda do Douro e Mogadouro.

No território ainda existem freguesias sem transporte público, o que a CIM pretende resolver com o novo rede de carreiras e percursos que prevê venha a ser adjudicada ainda este ano, já que a abertura do concurso público para propostas de operadoras aguarda apenas parecer do IMT (Instituto da Mobilidade e Transportes).

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