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"Insuportável". BE vai propor que sejam encerrados aterros sem condições

Coordenadora do Bloco de Esquerda anunciou esta segunda-feira que o partido vai propor no Parlamento que sejam encerrados todos os aterros sem condições e que prejudiquem a vida das populações próximas. Bloco exige também "fiscalização a sério" dos aterros.

"Insuportável". BE vai propor que sejam encerrados aterros sem condições
Notícias ao Minuto

11:27 - 10/02/20 por Melissa Lopes

Política Catarina Martins

"Imaginem isto com calor, ao final do dia... É insuportável. As pessoas não conseguem viver nas suas casas, há águas contaminadas, alguma coisa tem de ser feita com muita urgência", disse Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, durante uma visita ao aterro de Sobrado na manhã desta segunda-feira. 

Apesar de o Governo já ter dito que vai rever as regras para estes aterros e para a importação de lixo e de no Orçamento do Estado já se ter aumentado o preço por tonelada de lixo para tentar desincentivar este tipo de comércio, para o Bloco de Esquerda, "não chega".

"E por isso mesmo, o BE vai no Parlamento propor que sejam encerrados todos os aterros que não têm condições e que já estão na sua capacidade", revelou.

"Vamos propor também que sejam encerrados aterros cuja proximidade às populações ou a relação com as populações, tendo em conta as águas e os ventos prejudicam claramente as condições de vida, sejam encerrados", acrescentou. As medidas vão ser propostas "imediatamente", esclareceu ainda. 

Catarina Martins frisou que "é preciso fiscalizar todos os aterros" e que "as populações têm direito a saber que lixo está aqui, têm direito a saber da sua própria saúde pública e a defenderem-se". 

"E para isso, Portugal tem de saber não só o que está a ser tratado em cada aterro, mas também o lixo que entra. Queremos fiscalização dos aterros mas tb do lixo que entra", reforçou a bloquista, considerando a importação de lixo "uma verdadeira vergonha". 

Estivéssemos nós a falar de uma medida ambiental que tivesse a ver com solidariedade entre os vários países para resolver os problemas, seríamos o primeiro a apoiar, afirmou Catarina, defendendo que não é disso que se trata. "Estamos a falar de um negócio de milhões em que alguém ganha muito à conta da qualidade de vida e saúde das populações e isso tem de ser travado", rematou. 

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