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"Rui Rio sairá deste Congresso muito mais vencedor"

Francisco Louçã entende que Rui Rio, presidente do PSD, chega "muito à vontade" ao 38.º Congresso do partido porque o principal adversário político que poderia ter, Pedro Passos Coelho, "está a queimar etapas" e a "apresentar-se como reconfiguração política demasiado cedo".

"Rui Rio sairá deste Congresso muito mais vencedor"
Notícias ao Minuto

23:47 - 07/02/20 por Melissa Lopes

Política Francisco Louçã

Arrancou em Viana do Castelo, esta sexta-feira, o 38.º Congresso do PSD, tema que mereceu uma breve análise de Francisco Louçã no habitual espaço de comentário na SIC Notícias.  "Rui Rio chega a este Congresso com muito à vontade, apesar de não ter ganho com uma grande maioria, com 53% dos votos na segunda volta das diretas", comentou o bloquista

No entendimento de Louçã, uma das razões por que o líder social-democrata chega "à vontade" ao Congresso do partido prende-se com o facto de o principal adversário de Rio, Pedro Passos Coelho, "estar a queimar etapas e a apresentar-se como reconfiguração política demasiado cedo".

O antigo primeiro-ministro social-democrata "já apareceu uma vez" e  "vai voltar a aparecer nas próximas semanas", sublinhou o antigo dirigente bloquista, considerando que "tudo isso é demasiado cedo para qualquer contestação a um líder que sai razoavelmente composto deste debate"

Quanto ao discurso de abertura do Congresso de Rui Rio, Louçã reparou que foi "virado para dois únicos objetivos": eleições e a reafirmação da sua visão do partido.

No entanto, e apesar de ter falado nas eleições regionais dos Açores, marcadas para outubro de 2020, e nas autárquicas, marcadas para 2021, o líder social-democrata "não disse uma palavra" sobre as presidenciais, eleições que "são importantes", apontou o bloquista

Sobre o partido, continuou Louçã, Rui Rio "evoca experiências internacionais de fragmentação política, procura contrapor". "Não sei se o PSD tem tanta diferença em relação aos partidos a que se está a referir em Espanha ou outros. No seu conflito interno não se viu tanto clareza de opções políticas, mas muita crispação pessoal, muita polarização", considerou, completando ainda: "Desse ponto de vista, não sei se foi o mais entusiasmante para atrair a massa do Centro a que Rio se quer referir"

Seja como for, o presidente do PSD "chega a este Congresso vencedor" e "sairá muito mais vencedor", rematou Louçã

O 38.º congresso do PSD arranca hoje à noite no Centro Cultural de Viana do Castelo com o discurso do presidente reeleito Rui Rio, defendendo a sua moção 'Portugal ao Centro'.

O Congresso realiza-se três semanas depois de umas eleições diretas muito disputadas e que levaram o PSD a uma inédita segunda volta.

Rui Rio foi reeleito para um segundo mandato à frente do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, depois de, na primeira volta, ter falhado por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos, com 49%. Pelo caminho, ficou o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.

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