"Repulsivo" e "ofensivo". Centristas reagem a cartoon que tem CDS na mira
O cartoon faz uma associação do CDS ao nazismo.
© Global Imagens
Política CDS
O jornal Público publicou recentemente um cartoon que aborda uma evolução do símbolo do CDS. Os centristas não gostaram do que viram e reagiram nas redes sociais.
Subordinado ao tema "desalinho", o cartoon publicado no caderno P2 do jornal mostra uma suposta evolução do logótipo até chegar a uma cruz suástica, que remete para a época do nazismo.
Adolfo Mesquita Nunes defendeu, na sua página oficial de Facebook, que este "este repulsivo cartoon é profundamente injusto para o CDS, um partido nascido com a democracia, na democracia e para a democracia, e que tem 45 anos de provas dadas a favor da liberdade religiosa e do direito de Israel a existir em segurança".
O centrista aproveitou ainda a oportunidade para vincar que, assim como "uma andorinha não faz a primavera", também "um dirigente não faz uma instituição", assim como "um cartoon não define um jornal". E, acrescentou, "no dia em que o nazismo chegasse a uma liderança política em Portugal, não duvido por um segundo de que lado da barricada estaria o CDS – com esta ou com qualquer outra direção".
"Ofensivo" foi o adjetivo usado por Diogo Feio para caracterizar o cartoon. Também na sua página oficial de Facebook, o centrista enfatizou que o grafismo "é ofensivo para o passado, para o presente e para o futuro do CDS. Merece repúdio e crítica absoluta".
No seu entendimento, "os 40 anos de história democrata-cristã em Portugal falam por si. São esses os princípios que defendemos. São esses os princípios do que nunca abdicámos, nem abdicaremos. Agora e sempre".
Recorde-se que esta polémica surge numa altura em que Abel Matos Santos está 'debaixo de fogo'. O centrista demitiu-se da comissão executiva do partido depois de o Expresso ter dado conta que o ex-candidato à liderança do CDS, de 2012 a 2015, teceu, em publicações na rede social Facebook, elogios a Salazar e à PIDE, e apelidou de "agiota dos judeus" o cônsul de Portugal em Bordéus Aristides Sousa Mendes, que ajudou a salvar milhares de judeus durante a II Guerra Mundial.
Perante a situação, Abel Matos Santos renunciou ao cargo de vogal da comissão executiva do CDS-PP e deixou de ser porta-voz da Tendência Esperança em Movimento.
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