"O que se passou no Congresso do CDS foi uma revolução pacífica"
Joaquim Jorge faz uma análise do congresso do CDS que decorreu no passado fim de semana e da consequente eleição do novo líder do partido.
© Joaquim Jorge
Política Joaquim Jorge
Joaquim Jorge, fundador do Matosinhos Independente, considerou que o 28.º Congresso Nacional do CDS representou "uma revolução pacífica de ideias, atitudes e comportamentos", que demonstrou que a "política hoje em dia nada tem que ver com outrora e não se compadece somente com imagens e figuras reverenciais ou tutelares".
Num texto de opinião enviado ao Notícias ao Minuto esta segunda-feira, o fundador do antigo Clube dos Pensadores denotou que este encontrou partidário provou também que "as pessoas estão a perder o medo de mudar quer dentro dos partidos quer na aposta de verdadeiros independentes, e não, independentes zangados com os partidos".
"O CDS vive um período aflitivo que pode levar à sua extinção ou tornar-se irrelevante. A lógica de transmissão de poder numa lógica de continuidade não funcionou", apontou.
Neste sentido, para Joaquim Jorge, João Almeida - um dos cinco candidatos à liderança que foi porta-voz da direção de Assunção Cristas - "perdeu e com ele todos aqueles que se julgam notáveis, importantes e conhecidos".
Assim, a escolha do ex-líder da Juventude Popular para presidente do CDS é uma consequência deste ter estado "perto dos militantes, a escutá-los e a procurar intervenções que resolvam os seus problemas", argumentou o biólogo.
"O novo líder do CDS mostrou que se é capaz de vencer de dentro para fora, em vez, de fora para dentro via televisão jornais e rádios", acrescentou.
Joaquim Jorge sublinhou também que 'Chicão' - como é conhecido dentro do partido - "percebeu a evolução dos tempos e falou a linguagem que os militantes queriam ouvir", reforçando que "até há pouco tempo, era impensável" Francisco Rodrigues dos Santos ser dirigente.
"Este Congresso do CDS mostra que em política tudo é relativo, não há vencedores antecipados. A política é fascinante, não chega compreendê-la, mas simplesmente vivê-la e perceber para onde vai. O CDS apostou no futuro e não no passado", conclui o também fundador do movimento Matosinhos Independente.
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