Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 14º MÁX 21º

Delegados do Congresso do CDS fazem fila para votar estratégia futura

Os delegados do 28.º Congresso do CDS-PP começaram cerca das 23:50 de sábado a votar para escolher a moção de estratégia global para os próximos dois anos, fazendo fila ainda antes das urnas abrirem.

Delegados do Congresso do CDS fazem fila para votar estratégia futura
Notícias ao Minuto

02:09 - 26/01/20 por Lusa

Política CDS/Congresso

A votação de hoje definirá a estratégia do partido para os próximos dois anos e o primeiro subscritor da moção mais votada apresentará uma lista à Comissão Política Nacional.

As urnas de voto abriram cerca das 23h50, quase uma hora depois do que estava previsto.

No átrio junto à sala do Parque de Exposições de Aveiro onde foram colocadas as dez mesas de voto, ainda as urnas não tinham aberto e já havia uma grande fila, que não dissipou até cerca das 00:30. A partir dessa altura, o acesso à sala das urnas de voto fazia-se praticamente de forma automática, sem esperas.

Antes da meia-noite, o elevado número de pessoas que queriam votar na moção de estratégia global dos três candidatos à liderança, fez com que a fila começasse a serpentear, o que provocou dificuldades de acesso à sala principal, onde está montado o palco do congresso.

Apesar de os jornalistas não terem acesso à sala onde decorre a votação, alguns congressistas destacaram à Lusa a organização com que o processo está a ser feito, bem como a rapidez da votação.

"Todo o processo foi relativamente rápido. Demorámos cerca de 15 minutos na fila, mas depois dentro da sala foi bastante rápido", conta à Lusa Nuno Sousa, um jovem de 26 anos, poucos momentos depois de votar.

Perante esta estimativa, Carolina Belchior, de 24, faz uma expressão de discórdia: "Ficámos meia hora na fila", corrige.

Com Nuno estão também Diogo e Fábio, da mesma faixa etária. Os três conversaram com a Lusa enquanto esperavam por Carolina e Diogo Fernandes, que se juntaram a eles poucos minutos depois.

Todos pertencem à Juventude Popular (JP), mas o grupo está dividido em relação ao candidato que apoia. Apenas um dos jovens nortenhos está com o atual líder da estrutura jovem, Francisco Rodrigues dos Santos, sendo que os restantes veem em Filipe Lobo d'Ávila a melhor solução para o futuro do partido.

"Filipe Lobo d'Ávila traz seriedade, coerência no discurso, e não se esconde da oposição", elogia um dos jovens, enquanto os outros acendam positivamente com a cabeça, e acrescentam que "João Almeida é continuidade e Francisco Rodrigues dos Santos é mudança radical".

Por isso, nenhum dos dois candidatos mereceu o sentido de voto da maioria do grupo, proveniente de Gondomar e Santa Maria da Feira e a quem congressos partidários não são algo estranho.

Diogo Fernandes, de 23 anos, o único do grupo que está com Francisco Rodrigues dos Santos, foi crítico dos trabalhos do congresso.

Apesar de notar que a reunião magna que arrancou no sábado e termina hoje foi "mais animada do que o congresso de Lamego", há dois anos, o jovem apontou que houve "demasiada roupa suja a ser lavada".

Mesmo com divergências quanto à futura liderança, o grupo diz-se unido e garante que se dão "todos bem".

"A partir de segunda-feira estamos todos unidos, a trabalhar com o novo líder", salienta Fábio.

Autarca em Lisboa, José Soares discorda com o grupo de jovens. Na sua ótica, o deputado João Almeida, que conhece "há mais de 20 anos", é o candidato mais bem preparado para liderar o CDS.

Ainda que durante a tarde as reações mais efusivas tenham acompanhado as intervenções de Francisco Rodrigues dos Santos, José Soares está convicto de que João Almeida, a quem reconhece qualidades como "capacidade e dedicação", tem "hipóteses de ganhar o congresso".

Já o atual líder da JP, apesar de ser "uma pessoa trabalhadora, válida e capaz, não escolheu o momento certo para apresentar esta candidatura".

Para potenciar a vitória de João Almeida, o autarca defendeu uma "coligação de união" entre João Almeida e Filipe Lobo d'Ávila.

"O objetivo não é fazer uma caça às bruxas, não é ter os militantes controlados se batem palmas ou não, o partido quer liberdade", frisou José Soares, que disse ter gastado também cerca de 15 minutos desde o final da fila até ao momento da votação.

Enquanto os delegados votam, a sala do congresso vai ouvindo as intervenções dos militantes e dirigentes centristas, com cerca de metade das cadeiras ocupadas e muita gente de pé.

Depois da desistência de Abel Matos Santos e Carlos Meira, continuam na corrida à sucessão da atual presidente, Assunção Cristas, Francisco Rodrigues dos Santos, João Almeida e Filipe Lobo d'Ávila.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório