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Quem são e o que pensam os cinco candidatos à liderança do CDS

O CDS-PP escolhe, sábado e domingo, no seu 28.º congresso, o sucessor de Assunção Cristas, presidente do partido desde 2016, de entre cinco candidatos assumidos.

Quem são e o que pensam os cinco candidatos à liderança do CDS
Notícias ao Minuto

10:00 - 23/01/20 por Lusa

Política Congresso CDS

Cristas anunciou a saída do cargo de presidente do CDS em 06 de outubro, na noite das legislativas em que o partido passou de 18 para cinco deputados, com 4,2% dos votos.

O primeiro a avançar com uma candidatura foi Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), seguindo-se o deputado João Almeida, o antigo parlamentar Filipe Lobo d´Ávila, do grupo "Juntos pelo Futuro", o ex-presidente da concelhia de Viana do Castelo, Carlos Meira, e o último a apresentar foi o líder da Juventude Popular (JP), Francisco Rodrigues dos Santos.

Abel Matos Santos

Idade: 46 anos

Profissão: Psicólogo clínico e sexologista. Psicoterapeuta no Hospital de Santa Maria, Lisboa.

Carreira política e partidária:

Fundou em 2017 e é porta-voz da Tendência Esperança e Movimento (TEM). É membro do Conselho Nacional e da Comissão Política Nacional do CDS. Foi vice-presidente da concelhia de Lisboa do CDS-PP, chegou a integrar o movimento interno do CDS Alternativa e Responsabilidade, de Filipe Anacoreta Correia.

Nos últimos quatro anos, foi um dos críticos da direção de Assunção Cristas e liderou a única tendência organizada e reconhecida internamente, o que lhe valeu também, pelos estatutos, um assento na comissão politica nacional dos centristas

É conhecido por posições contra a adoção por casais do mesmo sexo.

O que disse sobre a derrota do partido de outubro?

"O CDS teve um mau resultado, um dos piores de sempre da sua história, e com isso o espaço socialista e de esquerda mantém a governação.

06/10/2019

"O CDS descafeinou-se e perdeu a identidade [com Assunção Cristas]"

20/01/2020

Qual a orientação que o CDS deve seguir?

Acho que é claramente afirmar o CDS como um partido de direita, sem vergonha de dizer que é de direita, sem complexos, porque a direita não é nada que nos envergonhe"

21/01/2020

O que pensa sobre os novos partidos à direita, como o Chega?

"O Chega não é um adversário do CDS, é naturalmente um aliado, não é um problema"

"Mesmo que nos chamem as mesmas coisas que chamam ao Chega, eu acho que isso não nos deve incomodar nada, porque nós temos que assentar o nosso trabalho político em cima da verdade, em cima da razão"

21/02/2020

João Almeida

Idade: 43 anos

Profissão: Jurista

Carreira política e partidária:

Foi presidente da Juventude Popular, secretário-geral e porta-voz do CDS.

No Governo PSD/CDS (2011-2015) foi secretário de Estado da Administração Interna, sucedendo a um dos seus adversários nesta corrida, Filipe Lobo d'Ávila.

É deputado pelo CDS desde as legislativas de 2002.

O que disse sobre a derrota do partido em outubro?

"Foi uma derrota estrondosa do CDS e em democracia estes resultados não acontecem por acaso. É preciso não voltar a cometer os mesmos erros e encontrar o que faltou, causas e propostas que mobilizem as pessoas".

07/10/2019

Qual a orientação que o CDS deve seguir?

"Tendo como matriz a democracia-cristã, o CDS-PP sempre integrou as ideias conservadoras e liberais. Somos pela valorização desse património doutrinário em todas as suas vertentes, procurando uma síntese respeitadora dos valores fundacionais do partido, afirmativa das convicções das suas bases, atual e útil aos olhos dos eleitores"

Moção ao congresso

31/10/2019

"A alternativa à governação socialista deve ser promovida através de uma plataforma à direita que reúna várias forças, designadamente as tradicionais que governaram a última vez antes do PS governar, que é o PSD e o CDS"

24/01/2020

O que pensa sobre os novos partidos à direita, como o Chega?

"Mal era [o Chega ser uma pedra no sapato para o CDS]. Não faz sentido focar nos novos partidos aquilo que foi o resultado eleitoral do CDS, porque o CDS perdeu muito mais votos para a abstenção e para outros partidos do que propriamente para os dois que apareceram à direita"

24/01/2020

Filipe Lobo d'Ávila

Idade: 44 anos

Profissão: Advogado

Carreira política e partidária:

Aderiu à Juventude Centrista em 1993.

Em 2002, com o Governo PSD/CDS, é nomeado diretor-geral do Ministério da Justiça, cargo que ocupará com três ministros diferentes, do CDS, PSD e PS, até 2008.

Foi eleito deputado por três vezes, em 2009, 2011 e 2015, tendo abandonado o parlamento em 2018. Em 2011, é escolhido para secretário de Estado da Administração Interna.

O que disse sobre a derrota do partido em outubro?

"[Estou] em estado de choque num dos dias mais tristes da minha vida política no CDS, mas consciente das responsabilidades que um resultado destes tem para todos nós no CDS. Sempre CDS. Nos bons e nos maus momentos"

07/10/20019

"O resultado foi mau e desastroso"

07/10/2019

Qual a orientação que o CDS deve seguir?

"É preciso que haja um entendimento mínimo ao nível do centro-direita [com o PSD] para que esse projeto possa ser verdadeiramente mobilizador. Acredito num projeto mobilizador de centro-direita, alternativo a esta frente de esquerda em que vivemos hoje"

"Tem que assumir claramente, sem vergonha, que é um partido de direita, de uma direita moderada e democrática"

22/01/2020

O que pensa sobre os novos partidos à direita, como o Chega?

O CDS é muito diferente do Chega ou da Iniciativa Liberal e não deve cair na tentação de os copiar. Portanto, se o objetivo deste congresso for encontrar uma solução que seja transformar o CDS num partido ultraconservador, idêntico em termos de mensagem, em termos de postura ao Chega, acho que seria um erro tremendo. No dia em que quisermos ser um Chega II não seremos o CDS"

22/01/2020

Carlos Meira

Idade: 34 anos

Profissão: empresário florestal e da construção civil

Carreira política e partidária:

Militante do CDS-PP desde os 19 anos, foi líder da concelhia de Viana do Castelo e concorreu à Câmara Municipal da cidade, em 2013.

Critico da direção de Assunção Cristas, no congresso de março de 2018, em Lamego, acusou-a de "falta de respeito" pelo Alto Minho.

O que disse sobre a derrota do partido em outubro?

"Você [Assunção Cristas] não respeita as bases, acha que é dona disto, e não é. Saia e vá para casa, precisamos de gente que tenha coragem de defender o povo. Não queremos elites. Levou o recado merecido do povo português [nas eleições]"

17/11/2019

Qual a orientação que o CDS deve seguir?

"O CDS deve fazer o seu próprio caminho, de forma autónoma, ativa, serena, recompondo-se e reerguendo-se"

20/01/2020

O que pensa sobre os novos partidos à direita, como o Chega?

"Respeitamos igualmente todos os partidos do arco parlamentar e não parlamentar não socialistas. O CDS não deve ter cordões sanitários com partidos não socialistas, mas também não deixará de se bater pelas suas causas. Tudo tem o seu tempo, tudo se verá a seu tempo. O CDS agora precisa é de olhar por si e para si. O nosso vizinho não é preocupação nossa",

Francisco Rodrigues dos Santos

Idade: 31 anos

Profissão: Advogado

Carreira política e partidária:

É presidente da Juventude Popular desde 2015. Foi eleito autarca na assembleia de freguesia de Carnide, Lisboa, de 2013 a 2017.

O que disse sobre a derrota do partido?

"Os eleitores infligiram uma pesada derrota ao CDS. Os resultados comprometem-nos com uma ponderação lúcida e serena, que procure domar os ímpetos, extrair conclusões enxutas e repor os índices de confiança"

07/10/2019

Qual a orientação que o CDS deve seguir?

"O CDS pode fazer o pino, uma cambalhota e um malabarismo no trapézio que, aos olhos dos portugueses, a perceção é que o CDS é um partido de direita. O CDS é um partido de direita, ponto final"

"Se nos atirarmos primeiro para a direita, que é lá que os nossos eleitores têm morada, nós conquistamos o povo para depois irmos à conquista do centro e podermos crescer porque temos o exército connosco, e é ao centro que nós nos encontramos com os nossos adversários e podemos catapultar o CDS para novos horizontes eleitorais"

O que pensa sobre os novos partidos à direita, como o Chega?

[Entendimentos com o Chega?] "[desde que não represente uma] violação das traves mestras nem das linhas vermelhas que são o ADN do partido"

"O CDS deve focar-se em si para se reposicionar novamente, preencher um espaço que sempre foi o seu, [e não se] preocupar com os partidos do lado"

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