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"Creio que consigo produzir um efeito novidade no CDS"

O candidato à liderança do CDS-PP Francisco Rodrigues dos Santos mostra-se convicto de que poderá "introduzir um efeito novidade", através de uma "nova energia" e de um "novo vigor", num partido que tem de "voltar a ser sexy".

"Creio que consigo produzir um efeito novidade no CDS"
Notícias ao Minuto

11:00 - 23/01/20 por Lusa

Política Francisco Rodrigues dos Santos

"Eu creio que consigo produzir um efeito novidade no CDS, ser uma nova energia, um novo fulgor, um novo vigor, apresentar um CDS renovado, que é a primavera que a direita tem que atravessar para se renascer e se reinventar", disse o candidato, que é também presidente da Juventude Popular.

Em entrevista à agência Lusa dias antes do congresso que vai decidir a nova liderança do partido, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que é preciso "dar ao CDS uma nova vida, composta por uma nova vaga de protagonistas de todas as idades, que impeça o CDS de ser um partido passivo ou do passado, ou composto por uma lógica de continuidade de uma transição normal".

"Aqueles que estiveram no nosso partido durante os últimos anos, alguns deles terão naturalmente que se manter e continuar a representar este fator histórico do partido, mas se o CDS não for capaz de surpreender, de ser uma pedrada no charco, uma lufada de ar fresco que dê esperança aos portugueses, vai ser mais do mesmo, com os mesmos", advogou.

Na ótica do candidato à liderança, "isto não vai fazer os portugueses voltarem a acreditar no CDS", por isso defende "uma remodelação interna" que leve para os órgãos do partido "uma nova vaga de protagonistas de todas as idades, gente nova, nova gente e gente que o CDS sempre gostou".

Por isso, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que a sua candidatura "permite apresentar uma alternativa que não seja de continuidade, não esteja compreendida dentro da norma, que não seja uma transição clássica".

O que propõe é então "uma mudança que permite conciliar a novidade com a experiência" e que coloque o CDS numa "nova direita", como "um partido que não é passivo, nem do passado, e que tem futuro".

"Eu acho que os portugueses estão à espera que o CDS apresente esta capacidade de se remodelar e ser um partido que deixe correr uma brisa fresca e uma corrente de ar", frisou, defendendo que o partido tem de ser "novamente acutilante e disruptivo aos olhos dos eleitores", onde "os militantes não sejam peças decorativas".

Francisco Rodrigues dos Santos é um dos cinco candidatos anunciados à sucessão de Assunção Cristas.

A par de aumentar a presença do partido nas redes sociais, "o CDS precisa naturalmente fazer um 'rebranding' da sua imagem, de uma nova linguagem gráfica e cromática, de modo a tornar-se um produto que seja apetecível aos olhos dos eleitores, volte a ser sexy, que no contacto visual desperte a sua atenção e suscite a sua curiosidade", assinala.

"E mais, tem que fazer outra coisa que eu acho fundamental, é ter um discurso que fale a linguagem das pessoas e que vá direto aos problemas que elas vivem no seu dia a dia", prosseguiu o candidato.

O candidato acusa ainda a atual liderança, de Assunção Cristas, de ter provocado no partido uma "falência de identidade" por receio de "algumas perdas" ou de "excluir alguém" caso o "discurso fosse nítido, fosse incisivo".

Para Rodrigues dos Santos, isto fez com que o CDS se tornasse num "partido que não conseguiu ter uma mensagem clara, causas e bandeiras" para as "bases sociais de apoio agitarem energicamente" e "sem uma agenda definida".

No congresso, o candidato sublinha que vai levar a sua moção a votos, e admite dar um "lugar à mesa" aqueles que "se sentirem na condição de assinar por baixo este caderno de encargos", mas rejeita integrar a lista de algum dos adversários.

"Sou candidato a presidente do partido e essa é a única função que eu me predisponho a desempenhar no próximo mandato interno do CDS, é de líder do partido", sublinhou.

Os candidatos à liderança do CDS são Abel Matos Santos, João Almeida, Filipe Lobo d'Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e Carlos Meira.

O 28.º congresso nacional, marcado para 25 e 26 de janeiro em Aveiro, vai eleger o sucessor de Assunção Cristas na liderança dos centristas, que decidiu deixar o cargo na sequência dos maus resultados nas legislativas de outubro de 2019 -- 4,2% e cinco deputados.

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