Tino de Rans pede aos políticos para concorrerem contra Marcelo

Vitorino Silva, mais conhecido por 'Tino de Rans', apelou aos políticos portugueses para avançarem com candidaturas para enfrentar Marcelo Rebelo de Sousa nas próximas eleições presidenciais, considerando que o atual Presidente "tudo fez para ir a votos sozinho".

Vitorino Silva, Tino de Rans

© Global Imagens

Lusa
22/01/2020 07:10 ‧ 22/01/2020 por Lusa

Política

Tino de Rans

 

Em declarações à agência Lusa, o ex-candidato a Belém apoiado pelo partido RIR (Reagir, Incluir e Reciclar) pediu aos políticos que "não se deixem domesticar" e concorram sem medo contra Marcelo Rebelo de Sousa nas próximas presidenciais.

Tino de Rans disse não ter dúvidas de que Marcelo "tudo fez para ir a votos sozinho", deixando mais um apelo: "chegou a altura de uma pessoa estar em alerta".

"O que eu queria, em nome da democracia, é que o Marcelo tivesse candidatos" adversários, disse à Lusa Vitorino Silva, acrescentando que "para dançar o tango são precisos dois".

O ex-candidato à presidência da república declarou acreditar que "a estratégia" de Marcelo Rebelo de Sousa tem sido a de "domesticar os adversários" de modo a não ter concorrência.

O dirigente do RiR sustentou que o Presidente "tem domesticado António Costa para que o Partido Socialista não apresente ninguém" e também André Ventura.

"O Partido Socialista (PS) é um partido com muita gente e eu gostava de ver o PS com a coragem de ir a jogo", defendeu.

Para Vitorino Silva, os políticos devem evitar que marcelo ganhe por "falta de comparência" dos adversários. "Mal seria se num país como Portugal" só houvesse um candidato, sublinhou.

O ex-candidato previu a recandidatura de Marcelo, apesar do "tabu" acerca do assunto, e que o atual Presidente "vai querer o terceiro mandato, vai fazer tudo por tudo para mudar a lei para ir a terceiro mandato".

Vitorino Silva não esclareceu se vai recandidatar-se ao cargo de Presidente e até confessou gostar de Marcelo, reiterando que apenas não quer que o atual Presidente vá a votos sozinho.

"Há muita gente que tem medo de perder e a democracia não é ganhar ou perder, é participar", recordou.

Quanto aos últimos quatro anos de Marcelo, 'Tino de Rans' considerou que foi um mandato "próximo do povo", mas quando o Presidente chegou "aos temas quentes", como Tancos ou a situação dos bancos portugueses, "tirou as mãos" e "podia ter feito mais".

"A grande bandeira de Marcelo é que conseguiu ser povo", concluiu.

Nas eleições presidenciais de 24 de janeiro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito à primeira volta, com 52% dos votos.

Sampaio da Nóvoa, apoiado por parte do PS, ficou em segundo lugar, com 23%, e Marisa Matias em terceiro, com 10%. Em quarto lugar, com cerca de 4%, ficou a socialista Maria de Belém, também apoiada por uma parte do seu partido - que optou por não declarar apoio oficial a nenhum candidato.

Seguiram-se o candidato do PCP, Edgar Silva, com perto de 4%, Vitorino Silva, com aproximadamente 3%, Paulo de Morais, com cerca de 2%, e Henrique Neto, Jorge Sequeira e Cândido Ferreira, os três com menos de 1% dos votos.

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