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Marisa Matias considera que Marcelo tem contribuído para paz social

A ex-candidata presidencial Marisa Matias considera que Marcelo Rebelo de Sousa tem contribuído para o clima de paz social vivido em Portugal, elogiando a influência no combate à pobreza, mas criticando a falta de atenção às alterações climáticas.

Marisa Matias considera que Marcelo tem contribuído para paz social
Notícias ao Minuto

07:10 - 22/01/20 por Lusa

Política Marisa Matias

Na sexta-feira assinalam-se os quatro anos da eleição de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República, uma corrida a Belém na qual Marisa Matias, apoiada pelo BE, ficou em terceiro lugar, com 10% dos votos.

Em declarações à agência Lusa sobre a avaliação que faz do que tem sido até agora o mandato presidencial, Marisa Matias começou por defender que Marcelo Rebelo de Sousa "teve a vantagem de voltar a ligar o Palácio de Belém ao país, que estava bastante afastado", apesar de "em alguns casos, provavelmente, o ter feito até de forma excessiva".

"Mas creio que o clima de alguma paz social que temos vivido nos últimos anos em Portugal também se deve, em certa medida, à atuação do Presidente da República. Obviamente não partilho tudo o que tem sido a ação do presidente, mas creio que genericamente ele tem contribuído também para esse clima que vivemos em Portugal", elogia.

Na perspetiva de Marisa Matias, bandeiras como o estatuto dos cuidadores informais ou o combate à pobreza são essenciais num país como Portugal "onde ainda existem tantas desigualdades".

"A abordagem que se devia ter é uma abordagem mais centrada verdadeiramente nas desigualdades sociais e nas políticas necessárias para combater essas desigualdades e não numa lógica que tende a naturalizar a desigualdade", lamenta.

Apesar disso, estas são bandeiras de Marcelo Rebelo de Sousa que a antiga candidata a Belém considero positivas, defendendo que a "influência do Presidente da República pode ser determinante para resolver esses problemas".

No entanto, Marisa Matias é crítica quando considera que o chefe de Estado "poderia e deveria ter tido" uma "ação mais concreta e mais ativa no que diz respeito ao combate às alterações climáticas, que é uma das questões que enfrentamos e que não podemos ignorar", uma vez que "Portugal é dos países mais afetados pelas alterações climáticas".

"Provavelmente a não receção de Greta Thunberg [quando esteve em Portugal] acaba por ser de certa maneira simbólica também dessa falta de atenção dada que é dada pelo presidente", critica.

Nota negativa da eurodeputada bloquista leva ainda Marcelo em "matéria de relações internacionais, pela naturalização de Bolsonaro, ou de Trump ou de Netanyahu".

"Não creio que sejam propriamente prioridades numa linha de relações diplomáticas de um país como Portugal, que reconhece os direitos humanos e a democracia como eixos fundamentais", aponta.

Em relação a uma eventual recandidatura a Belém em 2021, Marisa Matias considera que "ainda é muito cedo para falar disso", uma vez que "todas as candidaturas, sejam elas quais forem, dependerão de muitos contextos, de muitas circunstâncias" que não se conhecem ainda.

"Não tenho nenhum pensamento sobre o assunto, nem uma ideia forte definida a respeito mas seguramente que haverá muitas possibilidades de candidaturas à esquerda", disse apenas.

Nas eleições presidenciais de 24 de janeiro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito à primeira volta, com 52% dos votos.

Sampaio da Nóvoa, apoiado por parte do PS, ficou em segundo lugar, com 23%, e Marisa Matias em terceiro, com 10%. Em quarto lugar, com cerca de 4%, ficou a socialista Maria de Belém, também apoiada por uma parte do seu partido - que optou por não declarar apoio oficial a nenhum candidato.

Seguiram-se o candidato do PCP, Edgar Silva, com perto de 4%, Vitorino Silva, com aproximadamente 3%, Paulo de Morais, com cerca de 2%, e Henrique Neto, Jorge Sequeira e Cândido Ferreira, os três com menos de 1% dos votos.

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