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Lobo d'Ávila quer um "entendimento minimo" do CDS com o PSD

Filipe Lobo d'Ávila, candidato à liderança do CDS, defendeu que o partido deve assumir, "sem vergonha", que é da "direita moderada e democrática" e um "entendimento mínimo" no centro-direita, incluindo o PSD, para construir uma alternativa à esquerda.

Lobo d'Ávila quer um "entendimento minimo" do CDS com o PSD
Notícias ao Minuto

07:10 - 22/01/20 por Lusa

Política CDS

"É preciso que haja um entendimento mínimo ao nível do centro-direita para que esse projeto possa ser verdadeiramente mobilizador. Acredito num projeto mobilizador de centro-direita, alternativo a esta frente de esquerda em que vivemos hoje", afirmou, em entrevista à agência Lusa, o ex-deputado centrista, um dos cinco candidatos anunciados à sucessão de Assunção Cristas no congresso marcado para Aveiro, em 25 e 26 de janeiro.

O CDS, afirmou Lobo d'Ávila, "tem que assumir claramente, sem vergonha, que é um partido de direita, de uma direita moderada e democrática" e fazer um discurso "dirigido às classes médias", que é "cada vez menos média e mais baixa", que não vê ser feito nem pela direita nem pela esquerda.

"Assistimos, na política portuguesa, a um discurso de normalização do salário mínimo nacional, mas a verdade é que quando olhamos para o salário médio nacional e o salário médio nacional é cada vez mais baixo e cada vez mais próximo do salário mínimo", afirmou.

"O CDS vale a pena, o CDS pode fazer a diferença também aqui com discurso social forte", afirmou.

Lobo d'Ávila olha de forma crítica para os anos após as legislativas de 2015, ganhas pela coligação PSD/CDS, que não conseguiu formar Governo e colocou os centristas na oposição sob a liderança da ex-ministra Assunção Cristas e aponta um erro estratégico: o CDS quis transformar-se num partido "catch all", para tentar chegar a todos.

"Essa ambição, como se dizia", recordou, "acabou por se traduzir num partido com uma mensagem que não ficou clara", que "não passava", e que acabou "por perder um pouco de identidade".

Com o "tal pragmatismo" defendido pela anterior direção, "não interessava tanto a identidade" - "o que interessava era ir ao encontro daquelas que eram as preocupações das pessoas em determinado momento".

A conclusão é que "essa ambição fez com que a mensagem não passasse", afirmou o candidato à liderança que, nos últimos congressos, apresentou listas ao conselho nacional, órgão mais importante entre congresso, com o grupo Juntos pelo Futuro.

É por isso que à pergunta sobre o que o distingue dos outros quatro candidatos responde com esse "percurso diferente", um "caminho de liberdade e de autonomia", deixando, porém, o poder da escolha para os delegados que vão escolher o novo presidente do partido fundado por Adelino Amaro da Costa e Freitas do Amaral.

Os candidatos à liderança do CDS são Abel Matos Santos, João Almeida, Filipe Lobo d'Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e Carlos Meira.

O 28.º Congresso nacional, marcado para 25 e 26 de janeiro em Aveiro, vai eleger o sucessor de Assunção Cristas na liderança dos centristas, que decidiu deixar o cargo na sequência dos maus resultados nas legislativas de outubro de 2019 -- 4,2% e cinco deputados.

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