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Jerónimo diz que reguladores "têm um trabalho a cumprir e a concretizar"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu esta terça-feira que as entidades reguladoras portuguesas "têm um trabalho a cumprir" na investigação do caso 'Luanda Leaks', num quadro de respeito pela "legalidade angolana".

Jerónimo diz que reguladores "têm um trabalho a cumprir e a concretizar"
Notícias ao Minuto

18:47 - 21/01/20 por Lusa

Política Luanda Leaks

"O PCP não comenta alegações vindas a público, considerando antes que existem entidades, designadamente a regulação e supervisão, que têm um trabalho a cumprir e a concretizar. Nesse sentido, que averiguem se existe ilicitude ou ilegalidade e, em conformidade com isso, essas entidades que ajam. Senão, perguntamos o que é que estão lá a fazer? De repente descobriram? O quê?", questionou o líder comunista.

Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas à margem de uma ação com trabalhadores da AutoEuropa, em Setúbal, esta tarde, durante a qual pediu que seja respeitada a "legalidade angolana".

"As questões de Angola dizem respeito aos angolanos em primeiro lugar, e devemos estar unidos para que, à luz do nosso interesse nacional, se mantenham relações de amizade e de cooperação com Angola em beneficio do povo português e do povo angolano", defendeu.

O líder comunista colocou a investigação do caso que envolve a filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos na esfera dos reguladores e da supervisão financeira.

"Criam-se entidades com responsabilidades, se elas depois não atuam, há aqui um problema, e o problema não é o governo, começa nesses órgãos de regulação e de supervisão", sustentou.

Jerónimo de Sousa disse acreditar que a justiça "atuará em conformidade" com as provas apuradas, "designadamente pelo próprio Banco de Portugal e outras entidades reguladoras", para que se dê início a um eventual processo na justiça.

"Sem apuramento, sem verificação, sem averiguação da verdade dos factos, naturalmente, podemos aqui encontrar uma situação complicada", argumentou.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.

Isabel dos Santos disse estar a ser vítima de um ataque político orquestrado para a neutralizar e sustentou que as alegações feitas contra si são "completamente infundadas", prometendo "lutar nos tribunais internacionais" para "repor a verdade".

De acordo com a investigação deste conjunto de órgãos de comunicação social, entre os quais o Expresso e a SIC, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai e que tinha como única acionista declarada a portuguesa Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da operadora NOS.

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