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BE na Câmara de Lisboa diz que política do partido tem feito a diferença

O vereador do BE na Câmara de Lisboa sublinhou hoje a importância do acordo de governação do concelho com o PS, defendendo que o partido tem demonstrado que "é possível uma política autárquica alternativa" que tem feito a diferença.

BE na Câmara de Lisboa diz que política do partido tem feito a diferença
Notícias ao Minuto

23:03 - 16/01/20 por Lusa

Política BE

"Assumimos a exigência, mas também a responsabilidade com um programa para responder aos problemas da habitação, da mobilidade, do ambiente e do espaço público", afirmou Manuel Grilo num comício para assinalar os dois anos de vereação do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa (liderada pelo PS), que contou com a presença da coordenadora nacional do partido, Catarina Martins.

O autarca realçou a interrupção de um ciclo de maioria absoluta do PS em Lisboa, nas autárquicas de 2017, que na sua ótica obrigou a "um acordo que faz a diferença" na vida das pessoas que vivem e trabalham na capital.

Manuel Grilo, responsável pelos pelouros da Educação e dos Direitos Sociais, elencou no seu discurso um conjunto de medidas impulsionadas pelo BE, como a gratuitidade dos manuais escolares do 1.º ao 12.º ano e a mudança nas refeições escolares.

"Acabámos com o 'catering', acabámos com as refeições em 'cuvetes' de plástico, garantindo que todas as crianças comem refeições confecionadas na escola nesse mesmo dia e poupando com isto 50 toneladas de plástico por ano", recordou.

Relativamente às questões sociais, o vereador destacou que "foi preciso o Bloco eleger um vereador para saírem do papel as salas de consumo vigiado que estavam na gaveta há 20 anos, quando foram legisladas".

"A primeira sala de consumo vigiado do país começou a funcionar, no passado mês de abril, em Lisboa. É uma unidade móvel que se aproxima de alguns dos locais onde o consumo já existe, neste caso, nas freguesias do Beato e Arroios. Mais de 80 pessoas recorrem a ela regularmente quando antes só tinham como recurso o consumo a céu aberto, a insegurança e a insalubridade", notou Manuel Grilo, acrescentando que vão abrir até ao final do mandato mais duas salas.

O autarca sublinhou também o investimento de 15 milhões de euros em respostas para as pessoas em situação de sem-abrigo, referindo que até 2023 estarão disponíveis 400 casas ao abrigo do programa "Housing First".

"Aliadas a estas respostas, temos outros projetos em funcionamento, com 200 vagas para emprego apoiado na câmara municipal, 200 vagas em habitação municipal para autonomização das pessoas, 200 vagas permanentes em programas de formação profissional, para a saúde oral, onde já oferecemos mais 2.000 consultas gratuitas de medicina dentária", referiu.

Manuel Grilo apontou ainda que a câmara municipal tem respostas para os refugiados, os migrantes, as mulheres vítimas de violência doméstica e de género, assim como o primeiro plano LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgéneros) do país, que dará respostas de habitação a pessoas LGBTI vítimas de violência doméstica e apoio ao emprego.

"Estamos a fazer diferente, a inventar novas formas de responder aos problemas de quem vive em Lisboa e isto tem sido feito com enorme entusiasmo. Fazemos as escolhas certas para gerir esta enorme responsabilidade com a visão de quem quer mudar e que sabe a forma de fazer as coisas", concluiu.

Por seu turno, Isabel Pires, deputada na Assembleia Municipal de Lisboa, focou o seu discurso nos temas da habitação e transportes e salientou que o BE tem "mantido a pressão alta sobre o executivo do PS", tanto na câmara e na assembleia municipal como no parlamento, "porque toda a pressão é necessária".

Ricardo Moreira, também deputado municipal, vincou que o partido tem trabalhado "todos os dias com quem vive em Lisboa", defendendo que o BE tem mostrado que "é capaz de governar sem perder a sua independência" e sem "quebrar o compromisso" com os eleitores.

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