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Negociações públicas com PCP e BE? Causam "pressão", mas para o Governo

As reuniões entre partidos para viabilizar o Orçamento do Estado, assegurou Louçã, não costumam ser tornadas públicas.

Negociações públicas com PCP e BE? Causam "pressão", mas para o Governo
Notícias ao Minuto

23:13 - 03/01/20 por Filipa Matias Pereira

Política Francisco Louçã

A aprovação - ou não - do Orçamento do Estado na generalidade tem sido um dos temas a marcar a atualidade política nacional. O primeiro-ministro recebeu o Bloco de Esquerda e o PCP esta sexta-feira, em São Bento, em reuniões onde se pretende encontrar pontos de consenso para a viabilização do Orçamento do Estado para 2020. Francisco Louçã considerou que estas negociações públicas causam pressão sobre o Governo. 

Estas reuniões, garantiu o bloquista no espaço de comentário na antena da SIC Notícias, habitualmente não eram tornadas públicas. O objetivo desta vez, considerou, foi "criar pressão", pese embora esta "pressão caia mais sobre o Governo".

O antigo líder partidário considerou ainda que o Governo de Costa "quis fazer marca especial no superávite", permitindo que "todos os argumentos em todas as matérias possíveis sejam legítimos e evidentes". Ora, "isso cria uma vantagem publicitária para o Governo". Mas há o revés da 'moeda', que diz respeito à "desvantagem nas negociações". De acordo com Louçã, "é difícil recusar que não se pode pôr dinheiro na habitação ou em novos hospitais quando esse dinheiro existe".

Acredita o antigo dirigente do Bloco de Esquerda que o Governo considerou que "algumas propostas mínimas poderiam ser suficientes para a Esquerda ficar contente", nomeadamente um acordo sobre o IVA e a União Europeia poderá "permitir a gradação do IVA na eletricidade".

Porém, advogou, "as propostas dos partidos são mais estruturantes noutros temas" e "há um conjunto de matérias em que um avanço era não só indispensável como possível". E o Governo, "ao sugerir que isso poderia não ser concluído por haver uma negociação com o PSD Madeira, com o Livre e o PAN, deu um sinal estranho aos partidos com quem está a negociar: 'não precisamos de vocês porque temos o PSD Madeira'. Mas agora há uma reunião de última hora. Torna mais arriscado o debate na generalidade".

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