Sem-abrigo: Bloco espera cumprimento da estratégia nacional
O BE defendeu hoje que a Câmara de Lisboa "tem a resposta mais robusta" ao problema das pessoas em situação de sem-abrigo, esperando que estas medidas que marcam "um novo paradigma" inspirem o cumprimento da estratégia nacional.
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Política Sem-abrigo
Nas declarações políticas que hoje decorreram no plenário da Assembleia da República, pela voz da deputada Isabel Pires, o BE focou-se única e exclusivamente na questão das pessoas em situação de sem-abrigo, lamentando que tenha sido preciso "uma forte pressão mediática" sobre o tema para o Governo ter decidido colocar em marcha um "plano de longo prazo dirigido ao combate à exclusão social e ao apoio" a estes cidadãos.
"Mas devemos sinalizar um facto importante: apesar de insuficiente, a Câmara Municipal de Lisboa tem a resposta mais robusta a este problema. Esta experiência deve servir de exemplo para o que pode ser feito pelo Governo", defendeu.
Assim, o facto de "recusar a resposta assistencialista e promover os direitos destas pessoas, através da reintegração numa casa, num trabalho e na sociedade" é enaltecido pelo BE, que destaca a ação do seu vereador na autarquia nesta resposta, o programa Housing First - ou Casas Primeiro.
"Iniciámos um novo ciclo com um novo paradigma. (...) Esperamos que as medidas adotadas em Lisboa façam o seu caminho e que estas inspirem o cumprimento da Estratégia Nacional", apelou Isabel Pires.
Nos pedidos de esclarecimento, a crítica veio da deputada do PAN Inês Sousa Real, também eleita deputada municipal na capital, e que apesar "toda a estima e consideração" que lhe merece a bloquista, acusou-a de viver "numa realidade paralela", não compreendendo como é que se pode congratular o BE com o que têm sido os avanços na cidade de Lisboa.
Inês Sousa Real quis depois saber se é desta vez que o PAN poderá contar com o BE "para a resposta a esta situação", lembrando que "não vivemos num mundo cor-de-rosa nem o país é Lisboa".
Na resposta, Isabel Pires começou por lembra que "foi preciso um trabalho muito grande para perceber qual era a realidade e quais eram as necessidades", uma vez que "o sistema era puramente caritativo".
"Ninguém vive num mundo cor-de-rosa até porque o Bloco de Esquerda não chegou agora aos problemas da habitação", contrapôs, afirmando que os bloquistas não acompanham a estereotipização que o PAN faz desta questão.
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