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IL elege líder para "equilíbrio" entre irreverência e responsabilidade

O candidato único à liderança da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, quer atingir o "difícil equilíbrio" entre manter o partido criativo e irreverente e crescer com as competências necessárias para assumir as novas responsabilidades no parlamento.

IL elege líder para "equilíbrio" entre irreverência e responsabilidade
Notícias ao Minuto

06:32 - 08/12/19 por Lusa

Política Iniciativa Liberal

A III Convenção Nacional da Iniciativa Liberal decorre hoje, durante todo o dia, em Pombal, distrito de Leiria, reunião do órgão máximo do partido na qual será eleito o deputado único João Cotrim Figueiredo como presidente da comissão executiva, uma vez que foi a única candidatura apresentada, depois de Carlos Guimarães Pinto ter anunciado, no final de outubro, que ia abandonar o cargo.

Em declarações à agência Lusa, João Cotrim Figueiredo, primeiro subscritor da moção de estratégia global "Juntos a Liberalizar", espera que a "convenção seja o espaço de debate que os encontros da Iniciativa Liberal são sempre", um "debate rico, bastante ideológico e com bastantes nuances nas visões sobre a sociedade".

De acordo com informações oficiais do partido, estão inscritos 230 membros para a reunião na qual se vai eleger, para além da nova comissão executiva e das pessoas para as seis vagas no Conselho Nacional e uma para o Conselho de Jurisdição.

Logo no começo da moção, o candidato único defende que "a Iniciativa Liberal vai ter de se tornar mais adulta sem perder a juventude e irreverência que continuarão a ser a essência da sua identidade".

"Acho que temos todas as condições para fazer este difícil equilíbrio entre mantermo-nos muito criativos, jovens, irreverentes e incisivos - porque para o combate político e para a eficácia da comunicação isso é fundamental - ao mesmo tempo que vamos desenvolvendo competências, capacidade de ir ao fundo dos problemas, ainda que depois eles sejam sublimados e resumidos em outdoors impactantes ou em pequenas intervenções", explicou à agência Lusa.

Este aumento de responsabilidades resultantes da eleição de um deputado, na perspetiva de João Cotrim Figueiredo, implica não só a equipa que está no parlamento como todos os membros do partido, ainda que em graus diferentes.

"Queremos que as pessoas na convenção percebam que esta luta ideológica tem que depois ter uma tradução real, política, de exercício do poder", afirmou.

O outro aspeto importante que o liberal quer dizer ao partido é o objetivo de manter "as linhas assumidamente ideológicas, assumidamente liberais, existente desde que o partido nasceu", sendo uma delas "que as ideias hão de sempre contar mais que as pessoas".

Assim, o candidato único à liderança gostava que "o partido se habituasse a desenvolver outras figuras que fossem capazes de ser porta-voz" uma vez que acredita que aquilo que "deve prevalecer ao crescimento e atração de novos eleitores são as ideias e o convencimento de que o partido é capaz de apresentar soluções e de trazer benefícios concretos à vida das pessoas".

Questionado sobre se lamenta o facto de não ter tido opositor nesta corrida eleitoral, João Cotrim Figueiredo admitiu que "há prós e contras" no facto de a sua candidatura ser a única.

"A vantagem de não ir sozinho é sempre a disputa de ideias e concorrência, que para nós é sempre um bem, por isso, nesse sentido tenho pena", começou por responder.

Por outro lado, em geral, o liberal considera vantajoso que "na sequência de uma vitória eleitoral ou de um sucesso eleitoral e de uma renovação da liderança, que neste momento se discuta mais o caminho do que o protagonista do caminho".

"Se calhar nesta altura não é um drama muito grande não haver concorrência, mas não haver concorrência à presidência não significa que não haja concorrência e debate de ideias", defendeu.

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