"Ferrovia é o transporte do futuro" contra alterações climáticas

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) defendeu hoje a ferrovia como o "transporte do futuro", saudando o investimento que tem sido feito pelo Governo, por estar em causa "o melhor contributo para as alterações climáticas".

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Lusa
06/12/2019 19:11 ‧ 06/12/2019 por Lusa

Política

Os Verdes

preciso continuar este esforço de reinvestimento na ferrovia, que não é uma coisa do passado, é o transporte do futuro. Os Verdes vão-se bater, em sede de Orçamento do Estado, para continuar a aquisição de material, reparação, melhoria de serviços, porque é com os transportes públicos que se combatem as alterações climáticas, não é com carros elétricos", afirmou Manuela Cunha, da Comissão Executiva nacional do partido.

A responsável falava à Lusa depois de uma visita ao Polo Oficinal do Norte da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), em Contumil, no Porto, e antes de passar pela oficina de Guifões, em Matosinhos, que em julho recebeu a visita do ministro das Infraestruturas e do presidente da CP para assinalar o regresso dos comboios ao espaço onde vão ser reparados.

"Os novos passes e tarifários trouxeram muita gente para os transportes públicos. Por isso, com o devido incentivo, as pessoas andam de transporte público", frisou Manuela Cunha, referindo-se ao Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), em vigor desde abril.

A dirigente lembrou que Os Verdes "alertam, há muitos anos, que a ferrovia é uma resposta fundamental para a emergência climática e para o ordenamento do território", saudando por isso que a EMEF "volte a integrar a CP -- Comboios de Portugal".

"Os Verdes lutaram para uma outra gestão da ferrovia nacional, por isso recebemos muito bem a informação da fusão e a contratação de mais trabalhadores. É quase impossível pensar em ter comboios sem ter meios ou recursos para os reparar", observou.

Manuela Cunha elogiou ainda a reativação da oficina de Guifões, notando ser "fundamental garantir mais material circulante" até à aquisição de novas composições.

A reativação da oficina de Guifões, Matosinhos, faz parte do plano do Governo para recuperar comboios que tinham sido abandonados até que chegue, em 2023, a encomenda de 22 novos comboios, revelou no verão o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Em junho, o governante anunciou um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar cerca de 70 unidades de "material circulante encostado" e contratar 187 trabalhadores para CP e EMEF, entre 2019 e 2022.

O responsável pela tutela revelou ainda que o executivo pretende "iniciar o processo de fusão" entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante até 31 de dezembro, para "otimização dos recursos e melhor articulação".

 

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