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Pinto Luz diz que debate entre candidatos não foi lavagem de roupa suja

O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz defendeu hoje que não considera que se tenha lavado "roupa suja" no debate em que participou com os outros dois candidatos, defendendo que é importante fazer balanços e assumir resultados.

Pinto Luz diz que debate entre candidatos não foi lavagem de roupa suja
Notícias ao Minuto

16:34 - 05/12/19 por Lusa

Política PSD

"Eu não diria que é lavagem. Eu acho que tem de se fazer balanços. Na vida é importante fazer balanços, balanços dos mandatos que nos são concedidos em democracia e, portanto, é importante que, ao fim de dois anos, um líder de um partido faça esse balanço. Como eu, que tive responsabilidade no passado, também tive de fazer os mesmos balanços ontem, quando fui confrontando com esses resultados e assumi esses resultados. Eu não entendo que seja lavagem de roupa suja", afirmou em declarações aos jornalistas.

À entrada para um almoço com apoiantes, no Porto, Pinto Luz sublinhou que, num momento eleitoral como o que o PSD vive, é natural que haja momentos de maior "clivagem", mas isso, desvalorizou, faz parte da "vida democrática interna", e não é "nada de dramático".

"Há muita coisa que nos une, não é só aquela divergência permanente que se assiste num debate que constitui um partido tão grande como o PSD. Eu costumo dizer que há mais coisas que nos une a mim, ao Rui Rio e ao Luís Montenegro, do que aquilo que nos separa", defendeu.

Apesar de considerar que "muita coisa ficou por discutir", o candidato e vice-presidente da Câmara de Cascais afirma que o debate com Rui Rio e Luís Montenegro deixou clara a sua posição de "agregador", na defesa de um PSD capaz de ser reformista.

"Eu penso que ontem ficou claro que tenho uma posição congregadora, de vontade de unir, de facto, os melhores, trazer novos rostos, apresentar um projeto reformista para Portugal, de o PSD voltar a ter a liderança e a iniciativa política que tem perdido nos últimos anos. Acho que ficou claro que posso representar esse refrescamento, essa nova energia que é precisa no PSD", frisou.

Aos jornalistas, o antigo presidente da distrital de Lisboa, estrutura a que presidiu entre 2011 e 2017, disse até ter gostado "de estar com dois companheiros" seus que em alturas diferentes das suas carreiras políticas decidiram dar a cara, o que considera positivo.

"É bom quando se dá a cara. Um que já foi presidente e que tem de responder por dois anos de mandato e pelos resultados que apresenta, outro que decidiu na sua liberdade de militância ativa dentro do PSD apresentar-se com um programa e com uma equipa a votos. É de salutar", defendeu, mostrando-se disponível para outros debates.

O importante, salientou Pinto Luz, é esclarecer os militantes e encontrar momentos para o fazer.

"Hoje estamos aqui no Porto com rostos novos, com os tais rostos que irão constituir o futuro do PSD. Gente nova e talentosa e é com esta gente que quero construir o futuro do PSD. O distrito do Porto é um distrito fundamental, importantíssimo para o futuro do PSD, englobado numa área metropolitana também ela importantíssima", onde o partido perdeu "discurso metropolitano".

O presidente da Concelhia do PSD Porto, Hugo Neto, anunciou hoje que vai apoiar "a título pessoal" Miguel Pinto Luz na corrida à liderança social-democrata, enquanto a estrutura decidiu não indicar um sentido de voto.

Entre os apoios de Pinto Luz estão ainda sete membros da Comissão Política Distrital, entre os quais o seu secretário-geral Bruno Carvalho.

Questionado pelos jornalistas sobre estes apoios a título pessoal e não institucional, o candidato sublinhou que nas eleições em causa as distritais e as concelhias não votam.

Quem vota são os militantes, frisou.

Para além do presidente da Concelhia do PSD Porto, também Virgílio Macedo, o antigo presidente da Distrital do PSD Porto apoia o vice-presidente da Câmara de Cascais nas diretas de janeiro, em que o candidato vai ainda contar com o apoio do antigo vice-presidente do PSD Marco António Costa que embora anunciado, não marcou presença, neste almoço.

O dirigente tinha já declarado o seu apoio a Pinto Luz em meados de novembro, defendo à data que, em 1985, Cavaco Silva também foi um vencedor "improvável e desconhecido".

No primeiro debate entre os três candidatos à liderança do PSD, na RTP, a primeira parte ficou marcada por troca de acusações de hipocrisia e de maus resultados em diferentes momentos da história do partido, com Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz a negarem pertencer à maçonaria, depois de Rui Rio o ter afirmado.

Já na segunda parte, mais sobre o país, os candidatos manifestaram-se de acordo na crítica ao modelo económico do atual Governo, considerando excessivo o peso dos impostos nas famílias e empresas.

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