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Rio convicto que adiamento do 'Sexta às 9' se deveu a razões políticas

O presidente do PSD manifestou-se hoje convicto que o adiamento do programa da RTP "Sexta às 9" sobre lítio se deveu a "razões políticas", depois de ter ouvido no parlamento a jornalista responsável pelo programa e a Direção de Informação.

Rio convicto que adiamento do 'Sexta às 9' se deveu a razões políticas
Notícias ao Minuto

14:54 - 05/12/19 por Lusa

Política Rio

"Na Comissão de Cultura no parlamento ficou evidente que o que a jornalista Sandra Felgueiras referiu é verdade, houve efetivamente ali um ajustamento no dia em que o programa foi para o ar, e é lícito pensar que foi por razões de ordem política", afirmou Rui Rio, questionado pelos jornalistas no final de uma visita às instalações da 4.ª Divisão da PSP, em Lisboa.

O líder do PSD reconheceu que a Direção de Informação da RTP disse que não foram essas as razões, mas formou a sua convicção.

"A minha convicção, depois de ter ouvido os dois lados, é que foi por razões políticas, mas agora cada um fica na sua e tem a convicção que tem", disse.

Na terça-feira, numa audição parlamentar que se realizou a pedido do PSD, a jornalista da RTP Sandra Felgueiras afirmou que "era possível" ter emitido o programa "Sexta às 9" em 13 de setembro com o tema do lítio, acrescentando que antes o programa nunca tinha sido suspenso durante campanhas eleitorais.

Já a diretora de informação da RTP, Maria Flor Pedroso, afirmou no parlamento que "não chegou a informação de que havia notícia" sobre o lítio à direção da estação, referindo-se ao adiamento do programa 'Sexta às 9'.

"Esta direção de informação não guarda notícias na gaveta. À direção de informação, à coordenação da RTP, não chegou a informação de que havia a notícia X e que estava pronta para ir para o ar", disse Maria Flor Pedroso no parlamento sobre a emissão do programa 'Sexta às 9' que foi adiada para outubro.

A investigação em causa contou com o depoimento do antigo presidente da Câmara do Porto, Nuno Cardoso, que disse ter avisado, em reunião, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e o secretário de Estado João Galamba das alegadas ilegalidades decorrentes da concessão da exploração de lítio a uma empresa que tinha sido recentemente criada.

Dois dias após o encontro, João Galamba assinou o contrato para a construção da refinaria de lítio, um negócio, segundo a investigação de Sandra Felgueiras, avaliado em, pelo menos, 350 milhões de euros.

Paralelamente, o episódio do "Sexta às 9" avançou ainda que o antigo secretário de Estado Jorge Costa Oliveira estava também ligado ao negócio, como consultor financeiro.

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