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"Portugal terá anos muito difíceis pela frente"

A conselheira especial das instituições comunitárias, Maria João Rodrigues, acredita que “falta a Portugal assumir-se como um parceiro inteiro no projecto europeu” e que “o Governo não tem investido o suficiente nessa frente”. A ex-ministra considera que se o País “continuar na situação em que está, terá anos muito difíceis pela frente”, que podem passar pela saída do euro.

"Portugal terá anos muito difíceis pela frente"
Notícias ao Minuto

09:58 - 26/11/13 por Notícias Ao Minuto

Política Maria João Rodrigues

Maria João Rodrigues afirmou, em entrevista ao jornal i, que “hoje há um real défice democrático e a Europa é uma máquina muito complicada de entender para o cidadão comum”, num momento em que se verificam grandes assimetrias. “Quando se chega a um ponto em que a taxa de desemprego entre jovens pode variar entre 6% num país e 60% noutro é um grau de urgência gravíssimo”, exemplificou.

Para a conselheira especial das instituições comunitárias, “a União Europeia e Monetária deixou de funcionar como uma união. Hoje o sistema bancário da Europa está fragmentado e os recursos financeiros já não circulam como há três anos” e “as decisões estão muito dependentes do que acontecer na Alemanha”.

Em relação ao nosso País, a ex-ministra afirmou que “Portugal é ouvido pelos países grande” e a forma de “valorizar o seu papel não é apenas vir com reivindicações para resolver o seu problema, é vir com soluções de conjunto e de como a Europa pode resolver o seu problema”.

Ainda assim, “o Governo não tem investido o suficiente nessa frente”, algo que “exige muito tempo de trabalho e uma real convicção de que Portugal pode ser um actor com impacto real na construção europeia”.

Maria João Rodrigues mostrou-se, ainda, preocupada com a situação de Portugal, que “se continuar na situação em que está, terá anos muito difíceis pela frente”.

“Portugal está confrontado com uma grande opção: ou consegue fazer parte do movimento que altere o quadro europeu ou pode ser empurrado a considerar a hipótese de sair do euro. Da forma que está, as coisas não estão bem”, rematou.

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