"A Comissão tem uma agenda ambiciosa que interessa aos portugueses"
Elisa Ferreira mostrou-se agradada com os resultados da votação que aprovou a Comissão Europeia de Ursula Von der Leyen, da qual faz parte.
© Reuters
Política Elisa Ferreira
O Parlamento Europeu aprovou na manhã desta quarta-feira a Comissão de Ursula Von der Leyen com 461 votos a favor. Elisa Ferreira, que a partir deste domingo inicia funções como Comissária da Coesão e Reformas, mostrou-se agradada com os resultados registados.
"Fiquei muito satisfeita porque é uma votação muito forte, é uma maioria bastante sólida. Os principais grupos pró-europeístas votaram a favor. Os Verdes abstiveram-se mas com um discurso bastante expectante, dizendo que estariam disponíveis para apoiar a Comissão em todas as circunstâncias em que esse apoio fosse merecido", disse Elisa Ferreira, reagindo à aprovação do novo executivo comunitário em Estrasburgo.
Elisa Ferreira afirmou que esta é uma "Comissão com uma agenda bastante ambiciosa mas que também interessa aos portugueses".
Falando aos jornalistas sobre o trabalho que pretende efetuar como comissária, Elisa Ferreira frisou que "vai ser um trabalho a favor dos europeus, o que não significa que vá ser incompatível com Portugal" e salientou que "é importante que todos os cidadãos se envolvam".
De seguida, referiu a importância da pasta pela qual vai ser responsável. "Eu penso que a política de coesão nem é uma política antiquada nem supletiva, é essencial para a agenda europeia. É a política que faz com que as regiões mais atrasadas, aqueles que têm mais dificuldades, acelerem o seu crescimento e desenvolvimento de modo a partilharem este jogo comum".
Numa Comissão Europeia marcada pela paridade, Elisa Ferreira revelou que o seu gabinete também será paritário.
"Eu tenho essa preocupação. É uma nota positiva num momento em que o papel das mulheres na sociedade tem de ser reforçado, tem de ser legitimado, e de facto estes mitos completamente arcaicos do papel da mulher na sociedade têm de ser varridos do espaço europeu, do discurso europeu e das práticas também dentro de cada casa. E estou a falar de coisas importantes para nós mulheres que têm de ser banidas de uma civilização do século XXI e que acho que não podem acontecer mais. A violência sobre as mulheres não pode continuar", afiançou.
A Comissão Europeia de Ursula Von der Leyen foi aprovada com 461 votos a favor, 157 votos contra e 89 abstenções.
[Notícia atualizada às 12h34]
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