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Comissão da Transparência muda regra para pareceres sobre deputados

A comissão de Transparência abriu hoje a possibilidade de os pareceres sobre imunidades e incompatibilidades de um deputado deixarem de ser feitos por um parlamentar do seu partido, após chumbar uma proposta do BE que impunha essa regra.

Comissão da Transparência muda regra para pareceres sobre deputados

© Reuters

Lusa
26/11/2019 18:32 ‧ há 5 anos por Lusa

Até agora, a regra é que seria um parlamentar da bancada a que pertencia o deputado a fazer o parecer sobre o levantamento de imunidade, a situação mais comum, ou incompatibilidade, que depois era submetido a votação pelo plenário - na anterior legislativa era a subcomissão de Ética.

Na discussão, hoje, sobre o regulamento da comissão de Transparência e do Estatuto do Deputado, o Bloco de Esquerda propôs que a regra fosse invertida, ou seja, que o relator fosse de um partido diferente do deputado, mas a ideia não foi aprovada, apesar de ter tido o apoio do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) na comissão de Transparência e do Estatuto do Deputado.

É uma proposta, afirmou José Manuel Pureza, que não se trata de "uma lógica de suspeição" sobre os deputados, mas sim "reforçar a imagem de isenção" da comissão e do parlamento numa matéria que não pode ser entendida numa "lógica de proteção" entre os parlamentares.

Jorge Lacão, deputado do PS e presidente da comissão, argumentou que nenhuma das outras comissões tem essa regra, alegando José Manuel Pureza que esta é uma comissão de características especiais e não trata apenas, como as outras, pareceres sobre iniciativas legislativas.

Jorge Lacão avançou então com a proposta de ser o presidente da comissão, ele próprio, depois de se definirem os critérios com os membros da mesa, a decidir a distribuição dos pareceres.

No entanto, foi João Almeida, do CDS, a lançar a ideia que viria a ser aprovada, com os votos do PS e do PSD, de serem os membros da mesa - presidente e vice-presidentes - a fazer a distribuição de pareceres.

Assim, justificou, "garante-se que há alteração da regra atual", deixando de "ser o mesmo partido do deputado a fazer o parecer", e "não afasta o que o BE propõe", sugerindo ainda que o partido do deputado sobre o qual é feito o parecer seja ouvido antes do parecer.

O levantamento de imunidade é necessário, por exemplo, para deputados poderem intervir em processos judiciais, como testemunhas ou arguidos, por exemplo.

A imunidade parlamentar é a garantia dada aos deputados, durante o exercício das suas funções, e que consiste em não responder civil, criminal ou disciplinarmente pelos votos e opiniões que emitem, nem ser detidos ou presos sem autorização da Assembleia da República, salvo em determinadas exceções.

 

 

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