Mamadou Ba pôs fim à ligação ao Bloco de Esquerda. A relação entre Joacine Katar Moreira e a direção do Livre, por sua vez, já vive dias conturbados. Perante "estas partes gagas, perdão, estas embrulhadas conflitivas", José Ribeiro e Castro defende que se estas circunstâncias tivessem lugar "com partidos de centro ou de direita", o cenário seria bem diferente.
Na sua página oficial de Facebook, o centrista defende que se estes temas que têm marcado a atualidade política nacional "se tivessem passado com partidos de centro ou de direita, estaríamos certamente a ouvir, durante um mês a um ano, ácidas interrogações escandalizadas, responsos intrusivos e moralismos de dedo espetado daqueles partidos de esquerda".
Mais ainda. As acusações ao Centro e à Direita, atira José Ribeiro e Castro, "ferveriam desde a 'xenofobia' à 'intolerância racista' e vergastaria os 'herdeiros dos escravocratas' e 'saudosistas do colonialismo', sendo que ao coro do BE e Livre, ativamente participado por Mamadou e Joacine, se juntaria certamente a deputada Isabel Moreira. Talvez só Mamadou, ou talvez todos os três, engrossariam a voz contra a 'bosta da bófia'".
Ainda assim, analisando os factos, "o que dizer de BE e Livre?", interroga-se o antigo presidente do CDS. "Racistas? Colonialistas de arrastão? Escravocratas descendentes? Xenófobos encartados? “Bosta”? “Bófia”?". O centrista termina a publicação concluindo que "uma coisa é certa": "O povo é sábio e tem muita razão: “Guardado está o bocado para quem o há de comer”.
Recorde-se que o dirigente da SOS Racismo anunciou na segunda-feira a saída do Bloco de Esquerda, alegando uma "profunda divergência" com o partido. Já quanto ao Livre, as declarações e acusações trocadas nos últimos dias entre a direção do partido e Joacine Katar Moreira levaram a assembleia do partido a aprovar por unanimidade levar as divergências ao conselho de jurisdição.
