"CDS esteve na manifestação a competir com o Chega. É sinal de desnorte"
Luís Marques Mendes analisou a manifestação que na passada quinta-feira juntou cerca de 13 mil polícias em Lisboa. Tecendo críticas à intervenção do Chega e do CDS no protesto, o ex-dirigente do PSD focou ainda que a manifestação "é um sinal do que vai ser a vida do Governo neste mandato".
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Política Marques Mendes
No seu espaço de comentário habitual na SIC, Luís Marques Mendes não deixou passar em branco a manifestação das forças de segurança e do Exército que decorreu no passado dia 21 de novembro, em Lisboa.
O antigo ministro começou por elogiar o facto de a manifestação ter sido "pacífica" e "sem violência nem incidentes". Contudo, para o social-democrata houve vários as aspectos negativos a apontar ao protesto, designamente a prestação do CDS.
Em primeiro lugar, o CDS esteve na manifestação a competir com o Chega. É um sinal do desnorte que vai no CDS. Por este andar, só pode ter um final infeliz", declarou.
Porém o partido liderado por Assunção Cristas não foi o único à direita a receber críticas, Marques Mendes considerou que a intervenção de André Ventura, líder e deputado único do Chega, foi um exercício de "aproveitamento político obsceno". Para o antigo líder partidário, a atuação do partido fundado em 2019 foi também "péssima" para os polícias. "[Os polícias] ficam politicamente conotados, o que lhes retira credibilidade", justificou.
Ainda sobre o tema, Marques Mendes frisou que "os polícias estão cheios de razão nas suas reivindicações" e que "quanto mais tempo o Governo demorar a satisfazê-las pior". O comentador reforçou a necessidade do Executivo de António Costa atuar prevendo que, caso as exigências dos polícias sejam ignoradas, a situação irá agravar-se.
"Esta manifestação é um sinal do que vai ser a vida do Governo neste mandato. Mais difícil do que no mandato anterior. As corporações estão cada vez mais exigentes. Manifestações e reivindicações vão multiplicar-se", concluiu.
À margem da cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota, no Porto, em declarações aos jornalistas o primeiro-ministro reagiu, este domingo, à manifestação em causa que teve como objectivo a reivindicação de melhores condições salariais e profissionais na GNR e PSP. António Costa afirmou que o protesto "não surpreende", inserindo-se na "agenda para o diálogo" com os sindicatos e associações das forças de segurança.
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