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"CDS esteve na manifestação a competir com o Chega. É sinal de desnorte"

Luís Marques Mendes analisou a manifestação que na passada quinta-feira juntou cerca de 13 mil polícias em Lisboa. Tecendo críticas à intervenção do Chega e do CDS no protesto, o ex-dirigente do PSD focou ainda que a manifestação "é um sinal do que vai ser a vida do Governo neste mandato".

"CDS esteve na manifestação a competir com o Chega. É sinal de desnorte"
Notícias ao Minuto

23:59 - 24/11/19 por Mafalda Tello Silva

Política Marques Mendes

No seu espaço de comentário habitual na SIC, Luís Marques Mendes não deixou passar em branco a manifestação das forças de segurança e do Exército que decorreu no passado dia 21 de novembro, em Lisboa. 

O antigo ministro começou por elogiar o facto de a manifestação ter sido "pacífica" e "sem violência nem incidentes". Contudo, para o social-democrata houve vários as aspectos negativos a apontar ao protesto, designamente a prestação do CDS

Em primeiro lugar, o CDS esteve na manifestação a competir com o Chega. É um sinal do desnorte que vai no CDS. Por este andar, só pode ter um final infeliz", declarou.

Porém o partido liderado por Assunção Cristas não foi o único à direita a receber críticas, Marques Mendes considerou que a intervenção de André Ventura, líder e deputado único do Chega, foi um exercício de "aproveitamento político obsceno". Para o antigo líder partidário, a atuação do partido fundado em 2019 foi também "péssima" para os polícias. "[Os polícias] ficam politicamente conotados, o que lhes retira credibilidade", justificou. 

Ainda sobre o tema, Marques Mendes frisou que "os polícias estão cheios de razão nas suas reivindicações" e que "quanto mais tempo o Governo demorar a satisfazê-las pior". O comentador reforçou a necessidade do Executivo de António Costa atuar prevendo que, caso as exigências dos polícias sejam ignoradas,  a situação irá agravar-se. 

"Esta manifestação é um sinal do que vai ser a vida do Governo neste mandato. Mais difícil do que no mandato anterior. As corporações estão cada vez mais exigentes. Manifestações e reivindicações vão multiplicar-se", concluiu. 

À margem da cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota, no Porto, em declarações aos jornalistas o primeiro-ministro reagiu, este domingo, à manifestação em causa que teve como objectivo a reivindicação de melhores condições salariais e profissionais na GNR e PSP. António Costa afirmou que o protesto "não surpreende", inserindo-se na "agenda para o diálogo" com os sindicatos e associações das forças de segurança.

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