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"Para início de mandato isto não podia correr pior à deputada e ao Livre"

Luís Marques Mendes classificou a divergência entre Joacine Katar Moreira e o próprio partido como o "pior da semana" no seu espaço habitual de comentário na SIC.

"Para início de mandato isto não podia correr pior à deputada e ao Livre"
Notícias ao Minuto

23:35 - 24/11/19 por Mafalda Tello Silva

Política Marques Mendes

Na análise habitual de Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário na SIC, o ex-dirigente social-democrata escolheu, este domingo, como "pior da semana" a polémica divergência entre Joacine Katar Moreira e a direção do Livre na sequência da abstenção da deputada, na passada sexta-feira, num voto sobre a Palestina no Parlamento . 

"Há uma semana já tinha dito que esta deputada estava muito deslumbrada com o seu lugar e que a divergência entre ela e o seu partido era grande. Mais tarde ou mais cedo isso vê-se", argumentou. 

Para o comentador, o facto de esta tensão estar ainda a ser tratada em "praça pública" é um "sério problema" tanto para a estrutura partidária que conseguiu pela primeira vez entrar no hemiciclo como para a própria deputada. "Para início de mandato isto não podia correr pior à deputada e ao Livre", apontou. 

É de recordar que esta polémica começou na Assembleia da República, na passada sexta-feira, quando o parlamento aprovou um voto do PCP de "condenação da nova agressão israelita a Gaza", que contou com a abstenção da deputada única do Livre. No dia seguinte, num comunicado divulgado pelo Grupo de Contacto, direção do partido fundado por Rui Tavares manifestou preocupação com o voto da sua deputada afirmando que estaria "em contrassenso" com o programa e as posições do Livre

Depois de se ter remetido ao silêncio por breves momentos, Joacine Katar Moreira respondeu à crítica e atribuiu o sentido do seu voto a uma "dificuldade de comunicação" com a direção do partido, afirmando terem sido "três dias de contacto infrutífero". A deputada mostrou-se ainda surpreendida com a posição do partido fundado em março de 2014. Posteriormente, Pedro Nunes Rodrigues, da direção do Livre assegurou à Lusa que nunca foi pedido pelo gabinete de Joacine Katar Moreira qualquer apoio específico no voto sobre a Palestina, mas adiantou que o partido continuará a trabalhar com a deputada "para que a legislatura corra da melhor forma, sem problemas de comunicação".

Este domingo, a Assembleia do Livre - órgão máximo do partido entre congressos - esteve reunida em Lisboa, num encontro que já estava marcado, no qual a polémica esteve em cima da mesa e foi assumido pela estrutura partidária que tinham ocorrido "dificuldades de comunicação". Num comunicado enviado às redações, a força política garantiu ainda estar a "trabalhar em conjunto" para resolver o referido problema e reafirmou "que o partido continua unido e focado em torno do seu programa político e eleitoral". 

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