PCP diz que PS, PSD e CDS "nada fazem" sobre polícias e GNR
O PCP exigiu hoje aos "demais partidos alguma coerência entre as palavras e os atos" sobre reivindicações de polícias e membros da Guarda Nacional Republicana (GNR), afirmando que PS, PSD e CDS "nada fazem nem deixam fazer".
© Global Imagens
Política PCP
O deputado António Filipe, em declaração política, no parlamento, referiu-se à manifestação contra os baixos salários de quinta-feira, da praça do Marquês de Pombal para a Assembleia da Republica, em Lisboa, e organizada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e a Associação Profissionais da Guarda (APG/GNR) e o autodenominado Movimento Zero, um conjunto anónimo de elementos das forças de segurança crítico do movimento sindical e cujos membros comunicam através das redes sociais, alegadamente ligado à extrema-direita.
"Quando se trata de elogiar a ação das forçar e serviços de segurança, os governantes não poupam palavras. Os governantes não poupam nos elogios, mas o problema é que não passam disso. As justas reivindicações dos profissionais deparam sistematicamente com a indiferença dos governantes, com a falta de diálogo e com a ausência de qualquer resposta", disse.
As associações profissionais da PSP e da GNR estimam que aquele protesto conjunto vá ser o maior de sempre das forças de segurança.
"Enquanto o PS, o PSD e o CDS nada fazem nem deixam fazer, os suicídios nas forças e serviços de segurança continuam em níveis alarmantes. Os profissionais não obtêm qualquer resposta às suas reivindicações e, consequentemente, aumenta a frustração e o descontentamento que obriga os polícias a sair à rua", continuou António Filipe.
Segundo o deputado comunista, "o PCP já reapresentou nesta legislatura os seus projetos de lei sobre o estatuto da condição policial, condições de higiene e segurança no trabalho das forças e serviços de segurança e horário de serviço na GNR".
"Esperamos que haja de todos os demais partidos alguma coerência entre as palavras e o atos", desafiou.
O socialista José Magalhães criticou a tese de António Filie "de que não passam de elogios as palavras do Governo", porque "isso é desmerecer o trabalho em que o PCP colaborou na anterior legislatura", designadamente mais 450 milhões de euros para o setor da segurança, além de o novo programa de Governo conter a promessa de um lei de recrutamento para forças e serviços de segurança de três em três anos.
"Onde estava o PCP quando aprovou os orçamentos do Estado e a política de cativações que deixaram que se chegasse a esta situação?", questionou a social-democrata Mónica Quintela, condenando a execução de apenas 60% do previsto na lei quadro de programação de investimentos e "o estado em que estão a PSP e a GNR, as suas esquadras e a falta de equipamento".
O democrata-cristão Telmo Correia também lamentou a atual situação das forças e serviços de segurança e sugeriu a conivência do PCP.
"Falam, falam, falam, mas no fim votam e aprovam o orçamento do Estado do PS", acusou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com