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Política nacional ocupa mais de um quarto do espaço mediático

A política nacional representa mais de um quarto do espaço mediático ocupado por 45 jornalistas em posição de chefia, apresentadores de informação televisiva ou comentadores, concluiu um estudo hoje divulgado.

Política nacional ocupa mais de um quarto do espaço mediático
Notícias ao Minuto

18:25 - 19/11/19 por Lusa

Política Estudo

De acordo com o estudo 'Jornalistas Em Ação: Análise da atividade e presença de profissionais do jornalismo nos media tradicionais e nas redes sociais', 27% do espaço mediático dos profissionais em análise é dedicado à política nacional.

A economia e a política internacional ocupam cada uma 14% desse espaço.

O estudo foi feito por uma equipa multidisciplinar com investigadores da Universidade Católica Portuguesa (CEPCEP) e de um grupo que agrega empresas de relações públicas e 'marketing'.

Com base numa amostra de 45 jornalistas portugueses, todos eles com responsabilidades editoriais, apresentadores de telejornais ou comentadores, foram recolhidos dados durante o 1.º trimestre de 2019.

"A amostra destes 45 jornalistas foi intencional, cumprindo dois de três critérios. São eles o desempenho de cargos diretivos na comunicação social, a presença em programas ou espaços próprios (de informação ou comentário em media), e a atuação nos media sociais e digitais", explicaram os investigadores à agência Lusa.

A seleção não teve como objetivo a representatividade face ao universo total de jornalistas, mas sim outro tipo de representatividade.

"Apesar da constituição intencional da amostra, enfatizamos que esta tenta cobrir a atuação jornalística nos vários meios (imprensa, rádio, televisão e 'online'). A presença e atividade dos jornalistas em Portugal foi mapeada através das suas produções noticiosas nos meios tradicionais e das suas publicações nos meios digitais próprios", disseram os investigadores.

O estudo analisou as publicações tomando em consideração o suporte, tipo de meios, temas, estilo discursivo e género do jornalista, entre outras variáveis.

Segundo as conclusões, destacaram-se os estilos discursivos crítico (43% das notícias) e analítico-interpretativo/explicativo (27%).

O estilo crítico dominou nas publicações e notícias relacionadas com educação (80%), justiça (68%), saúde (56%) e política nacional (49%).

As intervenções na área do desporto foram maioritariamente de estilo analítico-interpretativo (54%), bem como as de política internacional (60%).

De acordo com o estudo, existe uma relação entre o género dos jornalistas e os temas tratados, com os homens a dominarem a área da política nacional, economia e desporto e as mulheres a serem as principais protagonistas na área da política internacional e sociedade.

"A relação entre posição editorial e os temas tratados sugere que áreas como a economia ou política tendem a ser tratadas por jornalistas com cargos superiores hierarquicamente, ao contrário do desporto ou sociedade. Estes mesmos jornalistas tendem mais para uma intervenção com tom crítico (44%) do que analítico-interpretativo (36%)", refere.

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