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PSD disponível para consensos no setor da Saúde

O PSD está disponível para "construir as pontes e os consensos" que possam contribuir para reformas estruturais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), afirmou hoje o deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite.

PSD disponível para consensos no setor da Saúde
Notícias ao Minuto

15:53 - 12/11/19 por Lusa

Política PSD

Segundo o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, o partido está disponível para assegurar que as reformas estruturais do SNS garantam "não apenas a sua sustentabilidade, mas melhores resultados em saúde".

"Esse é o nosso compromisso para podermos trabalhar, mas infelizmente hoje estamos no dia em que o primeiro-ministro optou por apenas reunir com os partidos das esquerdas ou da extrema esquerda para negociar o Orçamento do Estado, ignorando mais uma vez qualquer abertura por parte do PSD", lamentou Ricardo Baptista Leite na conferência "Saúde: A prioridade da legislatura", organizada pela Convenção Nacional da Saúde, em Lisboa.

Apesar disso, salientou, "a responsabilidade" do PSD é estar "disponível para este diálogo e para esta reflexão e para as ações" que são necessárias.

Ricardo Baptista Leite lamentou que o SNS esteja a seguir "um caminho de clamorosa degradação" com "a desmotivação dos profissionais de saúde, muitos dos quais em 'burnout', e os doentes sem conseguirem ter resposta no acesso que precisam".

"Há uma dualidade de um sistema para ricos e um sistema para pobres e estão a transformar o SNS num sistema para pobres", lamentou o deputado, sublinhou que "os mais pobres, aqueles que são vítimas das profundas desigualdades da sociedade, são os que mais sofrem e mais pagam pelas insuficiências do SNS".

Antes da intervenção de Baptista Leite, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, apelou a um entendimento entre o PS e o PSD para que o SNS possa evoluir.

"Espero que os principais partidos que têm soluções aplicáveis e razoáveis, passíveis de serem implementadas na saúde, se entendam entre si e contribuam para que o sistema de saúde possa ter a evolução que todos esperam e que é necessária e que aqui foi falada", defendeu Orlando Monteiro da Silva.

Na mesma Convenção, o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica considerou que o Ministério da Saúde vive em "permanente emergência financeira".

"Quem quer que chegue ao Ministério da Saúde deve ficar aterrado e arrepender-se 10 vezes de ter tomado posse. As contas que conhecemos são assustadoras", afirmou João Almeida Lopes, aludindo ao défice de 848 milhões de euros em 2018 na Saúde.

O representante da indústria classificou ainda como "uma desgraça" o planeamento no setor da Saúde, por considerar que é praticamente inexistente.

"Os profissionais de saúde sentem-se numa instituição em que sabem que não têm meio de desenvolver o seu trabalho e a desmoralização acontece. É natural que passem para o privado", continuou Almeida Lopes.

Também o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, apontou problemas ao sistema e ao serviço público, apesar de considerar que é preciso dar o "benefício da dúvida" à nova equipa ministerial que tomou posse há menos de um mês.

Alexandre Lourenço criticou que sejam consideradas normais circunstâncias que deviam ser excecionais, como o encerramento de serviços de urgência: "Entrámos nesta nova lógica de normalidade. Se existe algo de dramático no sistema e que leva à perda de confiança é serem detetados problemas dia após dia e não serem apresentadas soluções".

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