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BE questiona Governo sobre reflorestação e gestão das matas ardidas

Os deputados do Bloco de Esquerda questionaram hoje o Governo sobre o ponto da situação da reflorestação e gestão das matas litorais ardidas em 2017.

BE questiona Governo sobre reflorestação e gestão das matas ardidas
Notícias ao Minuto

16:37 - 31/10/19 por Lusa

Política Incêndios

No documento também enviado à agência Lusa, os deputados Ricardo Vicente e José Manuel Pureza, eleitos respetivamente pelos círculos de Leiria e Coimbra, distritos onde se localizam as matas litorais ardidas, questionaram o Ministério do Ambiente sobre se já existem Planos de Reflorestação para cada uma das Matas Nacionais e Perímetros Florestais (PF) ardidos em 2017 e, se sim, "onde estão disponíveis para consulta".

"Considera o Governo necessário incorporar as recomendações da Comissão Científica de Recuperação das Matas Litorais nos Planos de Reflorestação e Planos de Gestão Florestal das Matas Nacionais e PF ardidos em 2017? Caso os mesmos ainda não estejam concretizados, para quando prevê o Governo a sua concretização?", perguntam ainda os deputados.

Ricardo Vicente e José Manuel Pureza pretendem saber qual a dimensão da área ardida que ainda tem madeira por cortar e que proporção desta área possui madeira com interesse comercial.

No caso da Mata Nacional de Leiria, o incêndio afetou a Região do Samouco, "que foi no passado classificada - como Biótopo Corine - devido à sua grande relevância ecológica e presença de espécies e habitats com estatutos de proteção, nomeadamente para a conservação da natureza na União Europeia", referem.

Por isso, questionam, "qual a proporção da área ardida deste biótopo e de que forma se prevê a sua recuperação e conservação".

As plantas invasoras e a propagação do eucalipto são também uma preocupação dos deputados, que querem respostas sobre os planos de controlo, assim como "as áreas e espécies prioritárias para intervenção".

"Existem planos de investimento detalhados para cada uma das Matas Nacionais, com a descrição dos montantes, da tipologia das ações e previsão temporal de execução, para além do documento 'Programa de investimentos ICNF 2018-2022 (Síntese)' disponível no site do ICNF? Está o Governo disponível para os tornar públicos?", acrescentam.

Os representantes do Bloco de Esquerda afirmam que passados dois anos dos incêndios "ainda há madeira ardida por cortar nas matas e PF afetados em áreas consideráveis", e "são desconhecidos Planos de Reflorestação com a definição das espécies a integrar, da sua dispersão, extensão e localização geográfica", assim como os novos Planos de Gestão Florestal (PGF) das Matas Nacionais e Perímetros Florestais.

O BE lembrou ainda que a Mata Nacional de Leiria é a" maior mata nacional, de propriedade e gestão públicas, com uma área de 11.021 hectares e uma história que remonta a mais de 700 anos".

"Foi vítima de um incêndio, em outubro de 2017, que se estima ter destruído 86% da área. Na sua continuidade, foram também atingidas as matas nacionais de Pedrógão (90%), do Urso (54%), das Dunas de Quiaios (63%) e os Perímetros Florestais de Dunas de Cantanhede (81%) e Dunas e Pinhais de Mira (53%). No total, estima-se ter ardido 67% da área de floresta pública localizada nesta faixa litoral, o que corresponde a 24.344 hectares", informam.

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