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Governo tem programa "sem ambição" e usa SMN como "demagogia primária"

O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz acusou hoje o programa do Governo de não ter ambição e se resumir a um conjunto de "slogans eleitorais", classificando como "demagogia mais primária" o uso do salário mínimo.

Governo tem programa "sem ambição" e usa SMN como "demagogia primária"
Notícias ao Minuto

12:53 - 28/10/19 por Lusa

Política Miguel Pinto Luz

"Quase tudo o que resta, neste programa do Governo, se resume a slogans eleitorais e um punhado de boas intenções que jamais passarão do papel. Porque este primeiro-ministro só tem uma verdadeira obsessão: permanecer no poder. Com ele as reformas podem sempre esperar", criticou Pinto Luz, num comunicado da candidatura divulgado na sua página oficial no Facebook.

Em cinco pontos, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais acusa o documento aprovado e divulgado no sábado de estar "longe das pessoas" e "desfasado da realidade", atacando a forma como foi tratado o Salário Mínimo Nacional, que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que quer que atinja os 750 euros no final da legislatura.

"Com o salário mínimo a ser utilizado como bandeira para a demagogia mais primária num país onde é cada vez menor a diferença entre o salário mínimo e o salário médio, em grande parte devido ao facto de os portugueses permanecerem asfixiados pela maior carga fiscal de sempre", apontou.

O candidato à liderança do PSD nas diretas de janeiro considera que as promessas contidas no documento de melhorar os serviços públicos ou os transportes "quase fariam rir", apontando que o anterior executivo foi "o campeão das cativações" e deixou "degradar como nunca a qualidade dos serviços públicos".

Miguel Pinto Luz considerou ainda que a última legislatura "foram anos de profunda degradação do Estado social", apontando a situação na saúde e educação públicas como exemplos.

"O PSD não pode aceitar esta caricatura de 'Estado social' que deixa cada vez mais portugueses de fora. Sem educação de qualidade, sem justiça célere, sem os 'médicos de família para todos' que o PS prometeu há quatro anos, deixando quase 700 mil portugueses à margem desta promessa. O PSD deve reafirmar, em todas as circunstâncias, o seu compromisso com o verdadeiro Estado Social, aquele que não deixa ninguém para trás, sobretudo os mais frágeis e desprotegidos", defendeu.

O candidato critica ainda que o programa do Governo tenha deixado cair a intenção de reforma do sistema eleitoral com que o PS se apresentou às legislativas.

"É o mesmo primeiro-ministro que durante a campanha legislativa de 2019, como já tinha feito na campanha de 2015, prometeu aos portugueses a reforma do sistema eleitoral, que acaba de meter na gaveta, fazendo-a desaparecer pela segunda vez do seu programa do Governo", afirmou, lamentando que tal tenha acontecido "apesar do aumento da abstenção e dos votos brancos e nulos e dos 680 mil votos que em vários círculos eleitorais se tornaram inúteis nestas eleições".

"É assim que se melhora a qualidade da democracia e estimula a participação dos cidadãos?", questionou, lamentando ainda que não se tenha promovido o Turismo a Ministério.

Para Pinto Luz, "o menos negativo destes últimos quatro anos resulta de muita coisa que se prolongou da governação anterior", como o conceito de "contas certas" ou a manutenção do mapa administrativo e "o essencial da reforma do mapa judiciário", bem como quase toda a legislação laboral.

As eleições diretas para escolher o novo presidente do PSD realizam-se em janeiro e o Congresso em fevereiro, com as datas concretas a serem marcadas no Conselho Nacional de 08 de novembro, em Bragança.

Até agora, assumiram-se como candidatos à liderança do PSD o presidente Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.

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