"Um governo grande não é necessariamente um grande Governo"
O ex-dirigente do CDS comparou a dimensão do novo Governo português com outros Executivos europeus.
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Política Paulo Portas
Paulo Portas analisou no seu espaço de comentário no Jornal das 8, na TVI, a constituição do novo Governo de António Costa. O antigo líder do CDS começou por afirmar que "um Governo grande não é necessariamente um grande Governo".
"Eu diria, nem 8 nem 80 ou, para aplicar neste caso concreto, nem 7 nem 70, visto que 70 é o número total de membros do Governo", afirmou.
Pegando em exemplos de outros Governos na Europa, Paulo Portas analisou a dimensão dos Executivos de países vizinhos, "escolhendo sempre como critério aquilo que é comparável com Portugal, porque nem todos os sistemas de Governos são iguais". O ex-dirigente centrista destacou os casos da Alemanha, França, Itália, Espanha, Bélgica, Holanda, Grécia e Suécia.
"Alemanha tem 82 milhões de habitantes, três partidos no Governo e 34 governantes. França tem 67 milhões de habitantes, dois partidos no Governo e 36 governantes. Itália 60 milhões de habitantes, três partidos no Governo e mais de 60 governantes", exemplificou o ex-ministro, notando ainda que mesmo países com uma população mais próxima dos números portugueses como a Grécia - que soma 11 milhões de habitantes e que tem um partido no Governo - tem apenas 51 governantes.
“O que resulta daqui é que países grandes têm governos mais reduzidos que o nosso, países comparáveis com o nosso têm governos mais pequenos do que o português e a pergunta que eu deixo é sempre a mesma: estarão todos errados e nós certos?”, deixou em aberto o Paulo Portas.
Concluindo, na opinião do antigo dirigente partidário, o Governo socialista poderá correr o risco de ter mais dificuldade em governar com mais membros. "Os governantes vão se atropelar uns aos outros do ponto de vista de competências e atribuições. Ainda assim, é preciso esperar pela leia orgânica", acrescentou.
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