Advogada de pastor da IURD detido na Costa do Marfim exige libertação
A advogada da família do pastor são-tomense da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) detido na Costa do Marfim disse hoje que a deslocação de uma comissão multissetorial aquele país "só faz sentido se conseguir" uma libertação imediata.
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Política Pastor
"A constituição de uma comissão para deslocar-se à Costa do Marfim só faz sentido se esta comissão puder junto das autoridades encetar contactos concretos de forma a que se possa obter a imediata libertação do pastor", disse Celisa Deus Lima.
A advogada falava no final de uma nova audição com duas comissões parlamentares que acompanham a situação do pastor são-tomense " de Uidimilo Veloso, detido na Costa do Marfim por denúncias de alegada difamação na rede social Facebook contra a sua congregação religiosa.
"Mais do que a deslocação da comissão à Costa do Marfim é obtermos cá, independentemente da equipa que vá, a libertação do pastor. E todo o foco está na eficácia de uma atuação que leve à libertação dele", explicou Celisa Deus Lima.
Uma missão multissetorial integrada por representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Assembleia Nacional (parlamento), Ministério Publico e advogados do pastor preso deverá deslocar-se no sábado à Costa do Marfim.
"Independentemente da deslocação da comissão o foco essencial é a libertação e isto nós podemos obter quer com a deslocação da comissão ou independentemente dela, junto às autoridades pelos mecanismos próprios", defendeu a advogada.
O parlamento são-tomense convocou hoje para uma nova audição o bispo em São Tomé da IURD, que não compareceu.
Uma fonte parlamentar disse à Lusa não conhecer "os motivos da ausência" do bispo Ranger Silva, acreditando, contudo, que "os acontecimentos de ontem [quarta-feira] podem ter influenciado esta ausência".
Na audição, esteve presente a advogada da família.
"A comissão só faz sentido se se justificar, mas o foco é juntarmos os esforços com a Igreja Universal [do Reino de Deus] e temos elementos para afirmar que, neste momento, estão sendo feitas diligencias com vista a libertação do pastor", sublinhou Celisa Deus Lima.
A advogada apelou à população para ter calma, tranquilidade e serenidade, sublinhando que a solidariedade que se gerou em torno do pastor só faz sentido se não houver violência.
Um rapaz foi morto a tiro em São Tomé quando manifestantes tentavam invadir a sede da IURD, num protesto para exigir o repatriamento do pastor detido na Costa do Marfim.
"Temos que lamentar o fato de ter havido uma vitima mortal, mas nada justifica a violência. Devemos nos solidarizar mas num clima de paz e tranquilidade, que caracteriza o povo são-tomense, e em nome dos familiares queremos informar toda a população que é o momento de serenar os ânimos, as pessoas se acalmarem e aguardarem serenamente pelo regresso do nosso concidadão", referiu a advogada.
Celisa Deus Lima diz ter "elementos para afirmar que Uidimilo Veloso regressará ao país brevemente", sublinhando que tem estado "em contacto com a Costa do Marfim" e que ao nível "concreto do processo, várias diligencias têm sido feitas".
A advogada disse acreditar na "boa fé da Igreja Universal" para resolver a situação, e reiterou o apelo para as pessoas se manterem calmas e cessarem "os atos de vandalismo e destruição da igreja".
"Quando se reivindica com o recurso à violência, esta reivindicação perde legitimidade", disse Celisa Deus Lima.
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