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Advogada de pastor da IURD detido na Costa do Marfim exige libertação

A advogada da família do pastor são-tomense da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) detido na Costa do Marfim disse hoje que a deslocação de uma comissão multissetorial aquele país "só faz sentido se conseguir" uma libertação imediata.

Advogada de pastor da IURD detido na Costa do Marfim exige libertação
Notícias ao Minuto

20:54 - 17/10/19 por Lusa

Política Pastor

"A constituição de uma comissão para deslocar-se à Costa do Marfim só faz sentido se esta comissão puder junto das autoridades encetar contactos concretos de forma a que se possa obter a imediata libertação do pastor", disse Celisa Deus Lima.

A advogada falava no final de uma nova audição com duas comissões parlamentares que acompanham a situação do pastor são-tomense " de Uidimilo Veloso, detido na Costa do Marfim por denúncias de alegada difamação na rede social Facebook contra a sua congregação religiosa.

"Mais do que a deslocação da comissão à Costa do Marfim é obtermos cá, independentemente da equipa que vá, a libertação do pastor. E todo o foco está na eficácia de uma atuação que leve à libertação dele", explicou Celisa Deus Lima.

Uma missão multissetorial integrada por representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Assembleia Nacional (parlamento), Ministério Publico e advogados do pastor preso deverá deslocar-se no sábado à Costa do Marfim.

"Independentemente da deslocação da comissão o foco essencial é a libertação e isto nós podemos obter quer com a deslocação da comissão ou independentemente dela, junto às autoridades pelos mecanismos próprios", defendeu a advogada.

O parlamento são-tomense convocou hoje para uma nova audição o bispo em São Tomé da IURD, que não compareceu.

Uma fonte parlamentar disse à Lusa não conhecer "os motivos da ausência" do bispo Ranger Silva, acreditando, contudo, que "os acontecimentos de ontem [quarta-feira] podem ter influenciado esta ausência".

Na audição, esteve presente a advogada da família.

"A comissão só faz sentido se se justificar, mas o foco é juntarmos os esforços com a Igreja Universal [do Reino de Deus] e temos elementos para afirmar que, neste momento, estão sendo feitas diligencias com vista a libertação do pastor", sublinhou Celisa Deus Lima.

A advogada apelou à população para ter calma, tranquilidade e serenidade, sublinhando que a solidariedade que se gerou em torno do pastor só faz sentido se não houver violência.

Um rapaz foi morto a tiro em São Tomé quando manifestantes tentavam invadir a sede da IURD, num protesto para exigir o repatriamento do pastor detido na Costa do Marfim.

"Temos que lamentar o fato de ter havido uma vitima mortal, mas nada justifica a violência. Devemos nos solidarizar mas num clima de paz e tranquilidade, que caracteriza o povo são-tomense, e em nome dos familiares queremos informar toda a população que é o momento de serenar os ânimos, as pessoas se acalmarem e aguardarem serenamente pelo regresso do nosso concidadão", referiu a advogada.

Celisa Deus Lima diz ter "elementos para afirmar que Uidimilo Veloso regressará ao país brevemente", sublinhando que tem estado "em contacto com a Costa do Marfim" e que ao nível "concreto do processo, várias diligencias têm sido feitas".

A advogada disse acreditar na "boa fé da Igreja Universal" para resolver a situação, e reiterou o apelo para as pessoas se manterem calmas e cessarem "os atos de vandalismo e destruição da igreja".

"Quando se reivindica com o recurso à violência, esta reivindicação perde legitimidade", disse Celisa Deus Lima.

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