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Deputado do PS critica CGD por cobrar clientes e perdoar grandes empresas

O deputado do PS Fernando Jesus considera que as alterações ao preçário da Caixa Geral de Depósitos (CGD) "não se coadunam com os princípios pelos quais se devem pautar um banco público", foi hoje conhecido.

Deputado do PS critica CGD por cobrar clientes e perdoar grandes empresas
Notícias ao Minuto

19:10 - 15/10/19 por Lusa

Política CGD

De acordo com uma pergunta endereçada ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e com pedidos de esclarecimentos ao ministro das Finanças, Mário Centeno, o deputado refere que "a conta mais básica do banco terá mensalidade superior, levantar dinheiro ou atualizar a caderneta ao balcão também será mais caro".

O deputado refere ainda a cobrança de transferências na aplicação móvel MB Way ou o aumento do processamento da prestação do crédito à habitação.

"Todavia, o mais impressionante é o facto de a Caixa Geral de Depósitos deixar de isentar as contas de serviços mínimos bancários e passar a cobrar uma comissão mensal superior à média dos outros bancos", refere o deputado do PS.

Fernando Jesus prossegue a carta criticando ainda um noticiado acordo da CGD com a clínica Maló, "prevendo um perdão de dívida no valor de trinta milhões de euros".

"Ora, caso se confirmem os termos deste acordo, é verdadeiramente surpreendente, mesmo chocante, que a política executada pela Caixa Geral de Depósitos seja caracterizada de uma forma tão diferenciada e injusta, cobrando cada vez mais aos clientes com menos recursos e perdoando valores astronómicos às grandes empresas", considera o deputado eleito pelo círculo do Porto.

Ao ministro, o deputado pergunta se o Governo tem conhecimento da alteração de preçário da CGD, sobre o acordo com a clínica Maló e questiona que "medidas prevê o Governo tomar para contrariar este tipo de gestão do banco público".

Reagindo à polémica à volta dos aumentos de comissões na CGD, o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, recusou na segunda-feira a existência de "qualquer aumento brutal" de comissões e disse que estavam abaixo das cobradas em 2015.

Vários órgãos de comunicação social deram conta nos últimos dias de que a CGD aumentou, em média, 73% os custos para os clientes durante um período temporal que coincide com a tomada de posse de Paulo Macedo como presidente do banco público, há três anos.

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