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"Serão tempos difíceis. Esquerda tem liberdade para derrubar o governo"

Joaquim Jorge não antevê vida fácil ao novo governo liderado por António Costa, pese embora o reforço de deputados do Partido Socialista (PS). E sobre a abstenção defende que os “portugueses não votam porque acham os políticos uma classe desprezível, corrupta e que não se interessa por eles”.

"Serão tempos difíceis. Esquerda tem liberdade para derrubar o governo"
Notícias ao Minuto

12:59 - 14/10/19 por Notícias Ao Minuto

Política Joaquim Jorge

Dos partidos que compuseram a Geringonça nos últimos quatro anos, o PS foi o único vencedor destas eleições legislativas, pois tanto o Bloco de Esquerda, como o Partido Comunista Português perderam votos – e no caso dos comunistas também deputados.

Face à nova constituição do Parlamento, e tendo em conta o facto de não existir, ao contrário do que sucedeu em 2015, acordos escritos, Joaquim Jorge considera que “este segundo governo de António Costa tem tudo para não chegar ao fim”.

“Antes havia um casamento pelo Registo Civil (acordo escrito), agora é um namoro (não há nada escrito). E todos nós sabemos o que é namorar: o compromisso é fugaz e frívolo”, escreve num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto.

Nesta senda, o fundador do Clube dos Pensadores – já extinto – acredita que o “primeiro Orçamento de Estado vai passar sem problemas”. O problema, destaca, estará na aprovação dos seguintes, pois “a pressão de mudanças na lei laboral e o aumento generalizado dos salários vai criar alguma crispação e engulhos a António Costa”.

No que concerne ao PSD, Joaquim Jorge considera que o “desconcerto” daquele que é o principal partido da oposição “não vai permitir uma oposição estruturada e delineada para fazer mossa ao PS”. Porém, destaca, se a “liderança sair reforçada com Rui Rio ou mudar para Montenegro ou Pinto Luz, tudo se altera”.

Face ao exposto, o biólogo de formação acredita que a “política portuguesa vai voltar aos tempos difíceis, porque os partidos à Esquerda do PS vão ter mais liberdade para derrubar o governo de António Costa” e o governo será uma “sequência de negociações que terá sempre uma espada de Dâmocles em cima da sua cabeça”.

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