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A "pesada derrota" do CDS e as "maçãs sumarentas" do futuro

Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular, defende que o futuro do CDS passa pelas novas gerações.

A "pesada derrota" do CDS e as "maçãs sumarentas" do futuro
Notícias ao Minuto

10:02 - 08/10/19 por Melissa Lopes

Política CDS

Numa publicação no Facebook, o líder da Juventude Popular analisou a “pesada derrota” que os eleitores “infligiram ao CDS” e defendeu que o futuro do partido passa pelas novas gerações. 

Os resultados, disse, "comprometem-nos com uma ponderação lúcida e serena, que procure domar os ímpetos, extrair conclusões enxutas e repor os índices de confiança”.

“Quando cada passo está carregado de sérias consequências e de verdadeiras mudanças, as acções sensatas não são apenas prudentes, como as mais apropriadas. Da minha parte, e na altura própria, avaliarei as minhas”, escreveu Francisco Rodrigues dos Santos, assinalando que o CDS “precisa neste momento de se reencontrar consigo próprio, assumir valores constantes, razões agregadoras e causas consequentes”.

O líder da JP defende que a solução de futuro do CDS “será invariavelmente a de grande casa das direitas, onde a razão da coabitação não poderá nunca ser o jogo de espelhos em busca das diferenças, mas a construção de um tecto comum debaixo do qual todas se sintam representadas”.

E quem será capaz de comandar essa solução de futuro? É aqui que entram as maçãs. “As macieiras deram frutos e a renovação do novo partido velho partirá necessariamente dessas maçãs sumarentas, atirou Francisco, recordando palavras de Adriano Moreira, quando deixou o partido há 30 anos. Na altura, o antigo líder centrista disse que era altura de plantar macieiras para mais tarde colher.

Essas macieiras, explica Franciso ao Notícias ao Minuto, deram frutos e são agora as novas gerações. 'Chicão', como é conhecido, garante que com essa metáfora não quis autotitular-se, embora admita que se inclua no lote das maçãs por pertencer às novas gerações, dando a entender que qualquer cenário está em aberto relativamente à hipótese de o próprio entrar na corrida à liderança do partido. 

O jovem advogado defende um CDS "com identidade, sem ser identitarista; popular, renunciando ao populismo; actual, apesar das modas; previsível, escusando-se à indiferença; reformista, e não meramente melhorista; social, atacando o socialismo; sensato, em contraponto ao que é radical; doutrinário, mas não dogmático; com políticas, a par de propostas concretas". 

A pesada derrota do CDS nestas eleições legislativas teve como consequência imediata a saída de cena de Assunção Cristas, abrindo espaço a uma corrida à liderança que já tem, pelo menos, três rostos. João Almeida admitiu sentir-se “obrigado” a ponderar a sua candidatura, Filipe Lobo D’Ávila revelou estar “em reflexão”. No domingo, ainda a noite eleitoral não tinha terminado, e já Abel Matos Santos, porta-voz da Tendência Esperança em Movimento – CDS, anunciava ser candidato à liderança do partido no próximo congresso.

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