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BE mantém-se a 3.ª força e com 19 deputados, mas perde em número de votos

O BE consolidou-se hoje como a terceira força política no parlamento e manteve os 19 deputados eleitos em 2015, mas perdeu mais de 57 mil votos e baixou da barreira dos 10% de votação, segundo os resultados provisórios.

BE mantém-se a 3.ª força e com 19 deputados, mas perde em número de votos
Notícias ao Minuto

02:09 - 07/10/19 por Lusa

Política Legislativas

Apesar da manutenção do dimensão do grupo parlamentar, a composição em termos de distritos varia, uma vez que o BE perdeu o deputado da Madeira e o quinto do Porto, tendo compensado com a conquista do segundo mandato em Aveiro e em Braga.

Durante a campanha eleitoral, a coordenadora do BE, Catarina Martins, tinha estabelecido como objetivos mais força para os bloquistas e conseguir evitar a maioria absoluta do PS.

A segunda meta foi conseguida - o PS venceu, mas sem maioria absoluta -, mas o primeiro objetivo não foi alcançado uma vez que o BE, apesar de manter os 19 deputados e permanecer como terceira força política, perdeu mais de 57 mil votos em relação às últimas eleições legislativas de 2015, quando ainda faltam apurar os resultados nos círculos da Europa e Fora da Europa.

Segundo os resultados provisórios, com todas as freguesias do território nacional apuradas, o BE caiu dos 10,19% de 2015 para os 9,67%, descendo dos 550.945 votos para os 492.487.

Assim, desde a fundação do partido, este é o terceiro melhor resultado dos bloquistas em legislativas em termos de votos absolutos.

Em Viseu e em Viana do Castelo, distritos nos quais o BE apostou na eleição do primeiro deputado durante a campanha, o partido conseguiu ser a terceira força política, aumentar a votação, mas sem votos suficientes para conseguir um mandato.

Aliás, Viseu, Viana do Castelo e Coimbra são os únicos distritos em que o BE não perdeu votos, quando comparado com as eleições de 2015.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, falou na noite de domingo, pelas 22:30, ainda faltava distribuir muitos mandatos, deixando desde logo clara a disponibilidade dos bloquistas para negociações com o PS com vista a uma "solução de estabilidade" para a legislatura ou, caso esta não aconteça, "negociações ano a ano para cada orçamento".

Apesar do discurso ter sido cedo, a mobilização no quartel-general não dispersou até que se soube da eleição do último mandato, no caso o quinto deputado por Lisboa, mantendo assim a representação de há quatro anos, momento em que se viveu o maior momento de festa e até Catarina Martins voltou à sala do Teatro Thalia para festejar.

Em termos de deputados, por Aveiro são eleitos Moisés Ferreira e Nelson Peralta, por Braga estreiam-se no parlamento José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, por Coimbra mantém-se José Manuel Pureza e também João Vasconcelos, por Faro.

Já pelo círculo eleitoral de Leiria chega pela primeira vez ao parlamento Ricardo Vicente e por Santarém também a cara nova de Fabíola Cardoso.

Em Lisboa, aos "repetentes" Mariana Mortágua, Pedro Filipe Soares, Jorge Costa e Isabel Pires junta-se a cara nova de Beatriz Gomes Dias, tendo Jorge Falcato perdido o seu mandato uma vez que ia em sexto lugar na lista.

Pelo Porto mantém-se Catarina Martins, José Soeiro, Luís Monteiro e Maria Manuel Rola, não havendo também mexidas em Setúbal já que se repete Joana Mortágua e Sandra Cunha.

Nas últimas eleições legislativas, em 2015, o BE passou a ser a terceira força política e conseguiu o maior grupo parlamentar de sempre, 19 deputados, e a melhor percentagem, 10,19%, mas com quase 551 mil votos não foi o ato eleitoral em que os bloquistas conseguiram a maior votação em termos absolutos.

2009 foi o ano em que o BE conseguiu o maior número de votos - mais de 557 mil -, que representaram 9,81% e se traduziram em 16 mandatos.

Dois anos depois, nas eleições antecipadas de 2011, os bloquistas perderam metade da bancada e ficaram reduzidos a oito mandatos, com quase 289 mil votos e 5,17%.

O ato eleitoral em que o BE teve a pior votação foi o do ano da sua fundação, em 1999, no qual conseguiu pouco mais de 132 mil votos, com 2,44% e dois deputados.

Já em 2002, melhorou ligeiramente a sua performance, com quase 150 mil eleitores a colocar a cruz no Bloco, o que representou três mandatos e 2,74%.

Em 2005, quando o Presidente da República dissolveu o parlamento, os bloquistas subiram para quase 365 mil votos, o que se traduziu em oito deputados, com 6,35%.

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