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Eventual deslocação de Costa aos Açores pode ser "contraproducente"

A comissão instaladora do partido Aliança nos Açores considerou hoje que uma eventual deslocação do primeiro-ministro, António Costa, à região para acompanhar a passagem do furacão "Lorenzo" pode, apesar de bem-intencionada, ser "contraproducente".

Eventual deslocação de Costa aos Açores pode ser "contraproducente"
Notícias ao Minuto

23:02 - 01/10/19 por Lusa

Política Lorenzo

Para o Aliança, a ideia de António Costa "só pode ter dois motivos": ou o chefe do Governo "quer vir ao local e ser ele próprio a supervisionar a articulação de meios e serviços da República com o Governo e a Proteção Civil Regional" ou "quer vir ao local para manifestar a solidariedade institucional do Governo da República à região e aos açorianos fustigados pela intempérie".

Contudo, e "sendo as duas hipóteses bem-intencionadas, sucede, todavia, que o seu anúncio pode ser contraproducente", acredita o Aliança.

O partido justifica a sua posição dizendo que "dá a impressão que a articulação entre os meios e serviços da República e da região carece da autoridade do primeiro-ministro para funcionar, o que não é bom prenúncio".

Depois, dá também "a impressão de que o Estado prevê uma devastação de grandes proporções, pois nunca aconteceu ser noticiado que um primeiro-ministro se deslocaria aos Açores antes de uma calamidade acontecer".

"Esperemos que os efeitos da passagem do 'Lorenzo' no arquipélago não sejam de tal monta que acarretem drama e sensacionalismo. Os açorianos, desde sempre acostumados a viver com intempéries e catástrofes naturais, estão de pré-aviso, sabendo o que fazer, e todos os meios, públicos e privados, estão em 'stand by' [em espera] para atuarem", sustenta a estrutura regional do Aliança, liderada por Paulo Silva.

O primeiro-ministro e também secretário-geral do PS cancelou hoje uma arruada na Nazaré e antecipou em um dia a visita às obras de requalificação do Itinerário Principal 3 por estar a ponderar deslocar-se aos Açores na quarta-feira enquanto chefe do Governo.

Os primeiros efeitos do furacão "Lorenzo", atualmente na categoria 2, deverão começar a fazer-se sentir a partir da noite de hoje nos grupos Ocidental e Central dos Açores, com vento forte, agitação marítima e chuva.

O centro do furacão "Lorenzo" deve passar na próxima madrugada a aproximadamente 100 quilómetros (km) a oeste da ilha açoriana das Flores, afetando todo o arquipélago, mas "especialmente" esta ilha e a do Corvo.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, pelas 18:00 locais (mais uma em Lisboa) o furacão "encontrava-se a aproximadamente a 620 quilómetros a sudoeste da ilha das Flores, deslocando-se para nordeste a uma velocidade de 41 quilómetros/hora [km/h]".

Para as ilhas das Flores e do Corvo (grupo Ocidental) prevê-se vento sueste rodando para noroeste com rajadas na ordem dos 190 km/h (com uma probabilidade de 40% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h), chuva por vezes forte e ondas de sul passando a sudoeste, com altura significativa entre 10 e 15 metros. A altura máxima de onda pode atingir os 25 metros.

Já para o grupo Central (Pico, São Jorge, Faial, Graciosa e Terceira) é esperado vento sudoeste com rajadas até 160 km/h, períodos de chuva e ondas de sudoeste passando a oeste com altura significativa entre nove e 12 metros, podendo a altura máxima de onda atingir os 22 metros.

Nas ilhas do grupo Oriental - São Miguel e Santa Maria - deverá haver vento sul rodando para oeste com rajadas até 100 km/h, períodos de chuva e ondas de sudoeste com altura significativa entre sete e nove metros.

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