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PAN diz que lítio está a ficar obsoleto e defende aposta no hidrogénio

O porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, considerou hoje que o lítio "é uma tecnologia que está a ficar obsoleta", encarando-o apenas como "uma pequena transição" entre os combustíveis fósseis e o hidrogénio.

PAN diz que lítio está a ficar obsoleto e defende aposta no hidrogénio
Notícias ao Minuto

20:11 - 01/10/19 por Lusa

Política Eleições

"O lítio é uma tecnologia que está a ficar obsoleta. Há outras tecnologias que estão a ganhar avanço e estão já a ser aplicadas, nomeadamente as tecnologias de hidrogénio [através da hidrólise] para a mobilidade e indústria e é nisso que apostamos", afirmou André Silva, que falava após visitar o local onde está previsto um furo para prospeção de gás natural, na freguesia da Bajouca, concelho de Leiria.

O dirigente do PAN vincou que já há automóveis comercializados à base dessa tecnologia, defendendo que Portugal faça "um investimento grande num polo nacional tecnológico para as indústrias do hidrogénio", para que se possa fazer uma transição que "não tenha impactos, como tem a indústria do lítio".

Nesse sentido, André Silva encara o lítio "como uma pequena transição entre os [combustíveis] fósseis e o hidrogénio", sublinhando que todo o lítio existente no mundo "não consegue fazer a substituição de todos os automóveis que existem", sendo necessário encontrar alternativas.

Apesar disso, o cabeça de lista do PAN por Lisboa esclareceu que o partido não é contra o lítio, mas sim contra a forma como o Governo está a querer fazer avançar a exploração de lítio no país, em que as populações não são ouvidas, com projetos junto a reservas naturais e com exploração a céu aberto.

Caso o regime jurídico seja revisto, "o PAN poderá rever a sua posição, se a exploração de lítio tiver impactos [ambientais] absolutamente controlados", algo que não acontece de momento, salientou.

"Por isso, propomos a suspensão da exploração tal como ela está a ser feita. A existir, numa transição rápida para a tecnologia do hidrogénio, ela tem de ser feita de outra forma", defendeu.

Questionado sobre o risco de 'apagão' caso as centrais a carvão do Pego e Sines fechem em 2023, tal como o PAN defende, André Silva vincou que os leilões que já ocorreram e que vão ocorrer até 2023 para a produção de energia fotovoltaica no país superam "a produção de energia à base de carvão dessas duas centrais".

"A proposta que temos é razoável, sensata e com cálculos feitos", garantiu, referindo que manter as duas centrais abertas após 2023 "é queimar carvão e dar mais 700 milhões de euros à EDP sem qualquer tipo de razão".

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